Uneb e prefeitura debatem o enfrentamento ao genocídio da juventude negra

“Juventude preta (R)existe, desafiando as diversas formas de genocídio”. Este é o tema central do I Fórum da Juventude Preta Baiana, que teve abertura nesta quarta-feira (28), no auditório da Uneb campus II. Promovido pela Uneb, em parceria com a Secretaria de Assistência Social (SEMAS), por meio da Diretoria de Reparação Racial, Coordenação Especial de Política da Mulher e Conselho Municipal de Desenvolvimento da Comunidade Negra e Afrodescendente de Alagoinhas, o evento  busca explorar e construir discussões sobre a juventude preta na Bahia.

Com uma plateia formada por professores, estudantes da UNEB e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), uma mesa composta por Cintia Glória, do Centro Acadêmico de História da UNEB Campus I, Rhane Paula, psicóloga do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM), Claudemir de Carvalho, líder quilombola, Claudemir de Carvalho, professora Irameire Cassia Reis, do Colegiado de Letras e Departamento de Educação da Uneb II, Dulcineide Bispo, Diretora Municipal de Reparação Racial  e João Paulo Bastos, da Coordenação Nacional de Entidades Negras(CONEM) e Eugênio Evandeco, da Unilab, promoveu um momento muito especial de debates sobre a diversas formas de violência que afetam a juventude negra e as maneiras de combatê-la.

A programação segue na Uneb até esta sexta-feira (30), com reuniões dos Grupos de Trabalhos (GT’s), que desenvolverão propostas em prol da melhoria da vida desta população no município. Segundo os organizadores,  a intenção é que o Conselho Municipal de Desenvolvimento da Comunidade Negra e Afrodescendente de Alagoinhas, a Prefeitura, além da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (SEPROMI), se comprometam em contribuir para o cumprimento das Metas Propostas a partir do Documento Final que será elaborado no Evento.

Genocídio 

De acordo com o mapa da violência no Brasil, 56 mil pessoas são assassinadas anualmente. Mais da metade são jovens e, destes, 77% são negros e 93% do sexo masculino. As vítimas com baixa escolaridade também são maioria. Além disso, a arma de fogo foi usada em mais de 80% dos casos de assassinatos de adolescentes e jovens. Ainda de acordo com o estudo, a Região Nordeste apresentou os maiores índices de violência.

Jovens, pobres, nordestinos e pretos são mortos todos os dias, mais especificamente um a cada vinte e três minutos, sem se quer terem o direito a prova da dúvida. Há exatos três anos, mais especificamente no dia 6 de fevereiro de 2015, na Vila Moisés, bairro do Cabula, Salvador, dezoito jovens negros foram encurralados por policiais militares, no qual doze deles foram executados sumariamente. Seis tiveram a sorte de conseguir escapar, fingindo-se de mortos, naquela madrugada, os militares dispararam 500 tiros, quase 100 deles atingiram os corpos negros, conforme informações dos laudos.56 mil pessoas são assassinadas anualmente. Mais da metade são jovens e, destes, 77% são negros e 93% do sexo masculino. As vítimas com baixa escolaridade também são maioria. Além disso, a arma de fogo foi usada em mais de 80% dos casos de assassinatos de adolescentes e jovens. Ainda de acordo com o estudo, a Região Nordeste apresentou os maiores índices de violência.

 

Fonte: SECOM PMA

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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