Trabalhadores em educação da Prefeitura de Pedrão se reúnem com comunidade escolar e reafirmam continuidade da greve
Dirigentes da APLB e trabalhadores em educação da Prefeitura de Pedrão realizaram hoje (2), na sede da entidade, reunião com a comunidade escolar para prestarem esclarecimentos sobre situação em que os profissionais da educação se encontram. “Além disso, também discorremos acerca do momento educacional do município no que tange à sua estrutura e organização. A reunião foi bastante participativa e muitos relatos de trabalhadores e de pais de alunos foram apresentados”, afirma Nazia Campos, coordenadora local da APLB Sindicato.
Segundo ela, no início da reunião o prefeito Jacob Pereira mandou um carro de som para a porta do sindicato com objetivo de intimidar a categoria e descaracterizar o movimento diante da comunidade. De acordo com a sindicalista, o carro de som veiculava convocação do governo municipal para que os trabalhadores retornassem às suas atividades “porque os salários já haviam sido pagos, não existindo motivos para a continuidade da greve”.
A informação da Prefeitura de Pedrão, revela Nazia Campos, foi desmentida pela categoria, por intermédio de sua representação sindical, que apresentou testemunhos de trabalhadores que participavam da reunião. “Tranquilizamos pais e alunos, que estão preocupados com a situação, o andamento do ano letivo e a aprendizagem dos alunos”, pontuou.
Em fala dirigida aos pais e alunos da rede municipal, a dirigente sindical registrou “que os trabalhadores em educação não estão satisfeitos com a situação, que todos querem retomar suas atividades”. E perguntou: Como faremos isso sem condições de trabalho e de subsistência? Prosseguindo, ela argumentou que os profissionais sustentam suas famílias com os salários que deveriam ser pagos regularmente pela Prefeitura de Pedrão. E questionou: Como podemos voltar a trabalhar sem recebê-los?
A dirigente da APLB garantiu que quando a pauta contendo as reivindicações dos trabalhadores em educação, protocolada formalmente na prefeitura, for atendida a direção do sindicato dialogará com a Secretaria Municipal de Educação e o Conselho Municipal de Educação com objetivo de elaborar o calendário de reposição de aulas. “No entanto, neste momento, a greve precisa prosseguir, fortalecida pelo apoio da comunidade, pois nosso objetivo é contribuir para que a situação seja resolvida o mais rapidamente possível”, finalizou Nazia Campos.
A APLB Sindicato protocolou hoje (2) ofício no Ministério Público, sediado em Irará, em que comunica a realização da reunião com pais e estudantes.
