Sob sol, chuva e frio, eleitores esperam para fazer cadastramento biométrico em Alagoinhas, mas “autoridades” furam a fila e têm tratamento de primeira classe – Maurílio Fontes
Eleitores que procuram o Fórum da Justiça Eleitoral em Alagoinhas estão enfrentando grandes dificuldades e o cadastramento biométrico se transformou em verdadeiro suplício.
Sob sol, chuva e frio, além de terem que conviver com a insegurança noturna do local, os eleitores são vítimas da desorganização e da burocracia da Justiça Eleitoral, que distribui 600 senhas diariamente.
O povo sofre. Mas as “autoridades” estão obtendo tratamento diferenciado. Secretários municipais, vereadores e empresários (a elite tupiniquim) não ficam na fila e rapidamente conseguem fazer o cadastramento biométrico em hora pré-marcada, graças às facilidades auferidas, não se sabe com base em que argumentos.
Eles devem ser muito ocupados. E o povo é desocupado?
Há casos também de compra de vagas na fila. Este fato, mais claro para os eleitores, também tem causado irritação.
O cadastramento das “autoridades” é mais sorrateiro e não deixa marcas explicitas. O Alagoinhas Hoje ouviu depoimento de uma dessas “autoridades”, que sob anonimato, confessou ter se valido do expediente para não enfrentar a incômoda fila, que exigiria resignação, paciência e contato com o povo (talvez este item seja o pior dos mundos para certas “autoridades”).
O cheiro do povo incomoda. No entanto, os votos do povo podem garantir-lhes vidas nababescas.
A Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deve agir para esclarecer a questão e recolocar os trabalhos nos trilhos.
Afinal, de acordo com a leis, todos nós somos iguais. Privilégios no cadastramento biométrico criam eleitores de primeira e segunda classes em Alagoinhas.
Fotos: Alagoinhas Hoje
