Só um delegado da Polícia Federal para administrar o SAAE – Maurílio Fontes
A cada dia reforço uma convicção sobre o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE): só mesmo um delegado da Polícia Federal para administrar a autarquia alagoinhense, com planilhas de gestão e algemas sobre a mesa.
Há muito tempo o SAAE deixou de ser um caso de gestão pública e foi “teletransportado” para o ambiente policial.
E não pode ser qualquer instituição malemolente. É preciso acidez desmedida para dar conta das bandalheiras que acontecem na autarquia.
Mão de ferro, gestão distante das panelinhas, dos privilégios e desvios administrativos que se tornaram regras são os únicos caminhos para ressuscitar a empresa, que hoje está em estado agonizante.
O enfrentamento interno das panelinhas está acabando com o SAAE. Todos são portadores da verdade. Mas onde está a verdade?
A “verdade verdadeira” é que muitos usufruem de mordomias, enquanto os clientes, que pagam a conta, são pessimamente servidos.
O SAAE é uma caixa de marimbondos e qualquer gestor que chegar, muito provavelmente, será boicotado, ludibriado e manipulado por aqueles que se acham donos da autarquia, que deixam em plano secundário os verdadeiros proprietários da empresa: os cidadãos alagoinhenses.
O grande maestro Tom Jobim cunhou uma frase lapidar: “O Brasil não é para amadores”.
O SAAE, ao que parece, é instrumento para armadores.
Onde está verdade? Quase ninguém a quer no SAAE e ela foi proibida de atravessar o portão principal da autarquia.
Muitos problemas à vista para o prefeito Joaquim Neto.
Não há remédio no catálogo de medicamentos que consiga curar o câncer do SAAE.
Talvez, um delegado linha dura da Polícia Federal seja capaz de extirpar os tecidos podres do SAAE e com isso dar sobrevida à empresa.
Fora disso, não há e nem haverá curandeiro que dê jeito.
