Setor têxtil é campeão de demissões em 2015

SETOR TEXTIL

A taxa de demissões no setor têxtil foi a maior de todas entre o 4º trimestre de 2014 e o 3º trimestre do ano passado. O segmento teve 16,3% da força de trabalho cortada no período, conforme mostra análise do (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada na última sexta-feira (15), baseada nos números da Pnad Contínua (IBGE).

Logo atrás, com taxas parecidas, vêm os setores de agricultura (15,4%), serviços domésticos (15,2%), produção florestal (14,5%), atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social (14,5%) e atividades de consultoria em gestão empresarial (14,2%). Todas as categorias ficam bem acima da média nacional, de 9,5%.

Proporcionalmente, essas foram as áreas que mais mandaram embora seus funcionários. No entanto, o comércio foi o que mais contribuiu com o todo, representando iguais 16,3% entre todos os setores. Em seguida chegam agricultura e pecuária (15,2%), serviços domésticos (10,3%), construção e incorporação (6,3%), serviços de alimentação (5,5%) e educação (4,1%). Vale ressaltar que, juntos, esses seis representam apenas 7% do total de setores verificados.

Os três setores juntos respondem por mais de 40% dos desligamentos, concentrando uma parcela razoável dessa margem do ajuste do emprego. Para Carlos Henrique Corseuil, coordenador de estudos e pesquisa do Ipea, esse é um aspecto que ajuda a identificar o momento econômico do País. “Os números mostram que não se trata de uma crise generalizada, mas concentrada em poucos setores”, analisa.

Ainda de acordo com a nota técnica do Ipea, “o aumento do desemprego no período não veio da alta nos desligamentos, mas de uma diminuição nas admissões no setor privado”. Apesar disso, a mesma análise mostra que a contratação de trabalhadores em 2015 ficou abaixo dos anos anteriores desde 2012. 

Informalidade

Os dados de informalidade mostram tendência de queda até meados de 2014, mas uma reversão a partir do segundo trimestre de 2014, quando era registrado 43,9%. No terceiro trimestre do ano passado, no entanto, a taxa subiu e alcançou a marca de 45,1%.

 

Fonte: Brasil Econômico

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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