Samu só atende vítima de tiro com apoio da PM

SAMU

Desde setembro de 2015 o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Bahia só realiza atendimentos  que envolvem agressão por arma de fogo com a presença da Polícia Militar. O protocolo foi adotado depois que uma ambulância foi interceptada e o paciente executado a caminho do hospital em Salvador.

A medida de segurança do  procedimento traz mais segurança para os profissionais de saúde que trabalham no serviço de saúde, no entanto, provocam uma média, cinco minutos na resposta aos chamados.

Criado  para atender chamados de urgência em 15 minutos, em média, tem recebido queixas por conta da demora no socorro a vítimas de arma de fogo. Na primeira semana do mês, testemunhas reclamaram que a ambulância demorou mais de 40 minutos em dois casos.

Conforme o  coordenador do Samu em Salvador, Ivan Paiva, os atrasos, que podem prolongar o tempo de espera do socorro para 40 minutos, são alvo de queixas de familiares de vítimas e de quem aciona o socorro. Já  o coordenador do Samu de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, o enfermeiro Benedito Fernandes Filho, que é diretor do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (Seeb), afirma que, em média, chamar e aguardar a Polícia Militar pode aumentar o tempo de resposta de oito a dez minutos. No município eles recebem apoio e mantêm uma parceria com o 12º Batalhão da Polícia Militar.

Protocolo- Por meio de nota, o Ministério da Saúde disse que a rotina adotada pelo gestor local “não é uma prática adotada ou recomendada” pelo governo federal, mas que “é uma decisão local tomada com base em evidências apuradas” e que os estados e municípios têm autonomia para legislar sobre a atuação do Samu no âmbito local.

O Protocolo de Suporte Básico de Vida, para o Samu, publicado em 2014 pelo Ministério da Saúde, informa que “a primeira prioridade da equipe deve ser sua segurança. O desejo de ajudar não deve se sobrepor à própria segurança da equipe”. O trecho trata da necessidade de acionar a polícia em situações de insegurança, quando há “possibilidade de violência contra a própria equipe”.

PM marca ponto de encontro- A Polícia Militar confirmou que presta apoio ao Samu sempre que solicitada. De acordo com a nota da PM, marca-se um ponto de encontro com a equipe de socorristas para entrarem juntos no local e permanece até o fim do atendimento e que em caso de necessidade, o atendimento só deve prosseguir com reforço da guarnição, para que a vida de nenhum dos profissionais envolvidos seja posta em risco.

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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