Radialista do bem versus blogueiro do mal – * Maurílio Fontes

O radialista Aílton Borges, a quem tenho coragem de denominar com todas as letras de seu nome, excluindo o Severo, em respeito a seu pai, é largamente conhecido em Alagoinhas.

Assim como suas práticas microfônicas (camaleônicas).

AB quer me transformar em blogueiro do mal.

Sem citar meu nome.

Não conseguirá.

As razões são óbvias.

Nossas trajetórias na imprensa são diametralmente opostas.

AB tem verdades voláteis.

Convenientes.

Circunstanciais.

O “jornalismo” praticado por ele (certamente não leu o Manual de radiojornalismo, de Maria Elisa Porchat, que balizou a formação de um número incontável de comunicadores radiofônicos a partir da década de 80) é o suprassumo daquilo que não deveria ser feito cotidianamente em uma concessão radiofônica do serviço público.

E mais: a falta de lustro e de conexão com a língua portuguesa desservem às novas gerações, ávidas por conhecimento e de parâmetros qualitativos que possam servir-lhes de norte.

Ainda bem que as novas gerações estão “plugadas” na internet e não mais no meio rádio.

Há, portanto, salvação cultural/educacional para os jovens de Alagoinhas.

AB é um farol voltado para uma praia deserta.

Seu lume, pelas práticas adotadas, se apaga a cada dia.

O fim não tarda.

Mas ele se debate em busca de manter seu lugar ao sol.

Mesmo um sol ralo e cheio de pedregulhos, a exemplo das descomposturas públicas que seu patrão lhe impingiu, por diversas vezes, nos microfones da emissora.

É muita resiliência.

Ou pode ser qualquer coisa. Ao gosto do leitor deste texto.

AB, agora se sabe, é um maniqueísta de meia tigela: quando tudo depõe desfavoravelmente, ele quer ser o radialista do bem; eu, ao contrário, sou blogueiro do mal.

Os males para ele, não se pode negar e boa parte de Alagoinhas não tem dúvida, são a verdade, as denúncias de servilismo aos políticos e sua maneira muito particular de fazer imprensa.

Ele afirma que respondo oito processos judiciais (na verdade, até o dia de hoje, são quatro) e vê nisso a medida de minha desqualificação profissional.

Argumento frágil, pueril e até idiota.

Processos contra jornalistas, radialistas e blogueiros viraram moda no Brasil.

Vê-se a clarividência de AB: sou do mal porque foi instado judicialmente por conta do trabalho que faço como âncora do Alagoinhas Hoje.

Agora, ao que tudo indica, ele será processado por funcionários do SAAE.

E a querela judicial não fará dele um radialista melhor ou pior.

Ele continuará sendo o que é.

E o que ele é foi registrado em pesquisa qualitativa realizada em maio de 2016 (os adjetivos não foram nada favoráveis, provando a clarividência dos alagoinhenses), quando pretendia disputar o cargo de vice-prefeito, numa completa alucinação política e falta de avaliação de seu tamanho eleitoral, de resto testado com a votação pífia de seu candidato à Câmara de Vereadores, hoje parceiro de site sem nenhuma repercussão em Alagoinhas, mas “vendido” como veículo de internet de maior audiência na região.

Um site auditivo, apenas reprodutor de matérias veiculadas em programa de rádio, quando deveria ser um site/blog textual.

Mas ambos brigam com a língua portuguesa.

A textualidade de qualidade é uma montanha intransponível para a dupla.

A transitoriedade política de AB merece breve comentário: eleitor, apoiador e dileto companheiro de campanha de PC/Sônia Fontes, após a derrota de ambos, deu um “jeitinho” de se aproximar do candidato eleito Joaquim Neto e, mais ainda, do prefeito Joaquim Neto.

Não conseguiu o mesmo espaço, mas cavou terreno, e me informam que já conseguiu pelo menos uma nomeação.

AB chegou, ao fazer referência ao jornalista Marcelo Rezende, doente neste momento, a me desejar um câncer.

Rezende, enfermo, é bom.

Eu, com saúde, sou ruim.

O futuro dirá quem terá saúde ou não.

Nem mesmo o radialista tem garantia de saúde perene.

Ninguém tem.

Nesta incerteza está um dos grandes mistérios da vida.

Como as avaliações de AB, no geral, são invertidas, para não “dizer” pervertidas, continuarei, a seu juízo, sendo o blogueiro do mal, com todo prazer.

Não mudarei o trabalho que desenvolvo como âncora do Alagoinhas Hoje.

No Alagoinhas Hoje, audiência e credibilidade são irmãs em completo estado de harmonia.

Com AB, audiência e credibilidade são antagônicas, indissociáveis e inimigas figadais.

Voilà, AB, o “radialista do bem”.

*Editor do site Alagoinhas Hoje

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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