PT estuda entrar em bloco para enfraquecer PMDB

O PT estuda aderir ao bloco governista que vinha sendo organizado pelo Pros, PCdoB e PDT. Com a adesão de outros partidos menores, o grupo pode chegar a ter próximo de 150 integrantes. Com isso, se tornaria uma alternativa à concentração de poder nas mãos do PMDB e de seu líder na Câmara, o deputado fluminense Eduardo Cunha. O PT, como maior partido da Casa na próxima legislatura, terá uma posição de liderança dentro do novo agrupamento de partidos.

O PMDB tem a segunda maior bancada, mas Cunha tem conseguido atrair partidos governistas com perfil mais conservador para apoiar sua candidatura já oficializada à Presidência da Câmara. Outro reforço importante é possibilidade de contar com a ajuda de opositores interessados em garantir uma derrota do governo Dilma.

A adesão do bloco serviria também para neutralizar a pressão entre petistas para um acordo com Cunha. A alegação do grupo, conhecido pejorativamente como “PMDB do PT”, é de que se aliar ao peemedebista seria a melhor alternativa para evitar uma derrota do governo na disputa pelo comando da Câmara.

Ex-líder do governo e ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP) é o preferido da maior parte da bancada para enfrentar o peemedebista. Seu nome também conta com a simpatia dos aliados que defendem a formação do bloco, pois fortaleceria o poder de outras forças junto à presidenta Dilma. Durante o primeiro mandato, líderes desses partidos chegaram a afirmar seguidas vezes que o governo tinha virado “refém” do PMDB para garantir uma maioria mais confortável no Congresso. Agora, tentam mudar o equilíbrio de forças.

Fonte: Brasil Econômico

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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