PSB da Bahia é contra o impeachment

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A executiva estadual do PSB deverá se posicionar oficialmente contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, após reunião que acontece nesta segunda-feira, 28, na sede do partido em Salvador.

Dividido em relação ao impeachment, o PSB só deverá se definir sobre o assunto no próximo ano. No entanto, executivas estaduais da sigla já têm se reunido para deliberar e se posicionar sobre o tema. É o caso de estados como Paraíba, Santa Catarina e Amapá, além do Distrito Federal.

Presidente do PSB na Bahia, a senadora Lídice da Mata já ressaltou que, no Senado, a maioria da bancada socialista é contrária ao impeachment de Dilma.

Na Bahia, o PSB faz parte da base do governador Rui Costa (PT), inclusive com cargos. Secretário de Finanças do PSB, Antônio Carlos Tramm é presidente da Junta Comercial da Bahia. Já o primeiro secretário do PSB, Rodrigo Hita, ganhou o cargo de superintendente de Defesa Civil do Estado.

Recentemente, Hita participou, em Salvador, de ato contrário ao impeachment, organizado por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos aliados do PT.

Segundo Hita, o PSB não pode “se pautar pelas oportunidades”. “Você pode até não gostar do governo, mas não tem nenhum ato que justifique o impeachment”, declarou.

Único deputado federal do PSB baiano, Bebeto Galvão foi um dos indicados do partido para a comissão especial do impeachment, suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Divisão

Enquanto a bancada do PSB no Senado é majoritariamente contra o impeachment (assim como os governadores do partido), na Câmara a situação é inversa.

Apesar da divisão sobre o tema, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, tem se mostrado favorável ao impedimento da presidente.

“Ou bem a presidente e o seu partido formam uma base que lhe garanta a governabilidade, ou não é possível continuar no poder”, afirmou Siqueira há duas semanas, ao participar de um encontro de pré-candidatos  do PSB, na capital baiana.

Na ocasião, Siqueira também criticou o discurso usado pelo PT de que um impeachment contra Dilma seria “golpe”. Segundo ele, o PT seria “o partido com menos moral para falar em golpe”.

Em setembro, o presidente do PSB chegou a convocar a executiva nacional com a expectativa de que o partido se declarasse oficialmente como oposição ao governo Dilma, mas isso não se concretizou.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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