Professores recebem formação para incorporar as ferramentas digitais à prática pedagógica

Dando continuidade às atividades do programa Nova Escola, que promove o desenvolvimento através da aplicação de planos de aula produzidos e revisados por professores experientes de todo o país, em uma iniciativa que aposta na inovação, no processo colaborativo e no compartilhamento como formas de trazer metodologias menos engessadas ao ensino-aprendizagem de português e matemática, Alagoinhas recebeu, nesta terça-feira (28), mais uma formação para professores da rede.

Desta vez, as unidades de ensino contempladas pelo Nova Escola com os Chromebooks puderam indicar 2 representantes, que participaram, durante todo o dia, de dinâmicas formativas com as facilitadoras Dani Veranesi e Fabiana Fonseca.

“A gente tem hoje uma sala de aula do séc. XVIII, uma escola do séc. XIX, um professor do séc. XX e um aluno do séc. XXI, então a nossa função aqui, quando colocamos todos esses aplicativos, é fazer com que essa quebra geracional aconteça. A gente faz o professor se aproximar desse aluno. Se você utiliza esse processo de grupos e o professor se torna um moderador, mentor, você está diminuindo esta barreira geracional. Então o aluno se torna muito mais protagonista, agente do seu próprio fazer, agente do seu próprio aprendizado”, explicou Dani Veranesi, parceira do Google com o programa Nova Escola.

Foto: Roberto Fonseca/SECOM

A ideia de trazer a tecnologia como aparato que impulsione setores como a educação, aproximando alunos e professores em plataformas que contem com recursos educativos mais abrangentes não vem de agora. Em 2013, a cidade de Bloomington, nos EUA, adotou um plano de tecnologia com uso de Chromebooks que proporcionasse aos alunos ferramentas para desenvolver novas habilidades. Desde então, o distrito escolar Bloomington Public Schools (BPS), tem colhido frutos positivos a partir da adoção de modelos de aprendizagem inovadores e flexíveis.

Na Austrália não é diferente. A secretaria de educação da capital conectou as escolas públicas da cidade de Canberra em um sistema de computadores rápidos e fáceis de usar para envolver os alunos em um processo de aprendizagem colaborativa. Em 2014, quando fez o teste com o G Suite e Chromebooks em 4 escolas de ensino fundamental e médio da cidade, o programa de escolas digitais foi elogiado pelo sucesso.

Imagem: Divulgação

No Brasil, a busca por inovação também é contínua e é apostando na inovação, nos planos de aula, no compartilhamento e na prática pedagógica que o Google, a Fundação Paulo Lemann e a Associação Nova Escola têm convidado profissionais das Secretarias de Educação com redes de Educação Infantil e Ensino Fundamental para participar do programa Nova Escola.

Despontando como parte da iniciativa pioneira, Alagoinhas é uma das 2 únicas cidades do estado contempladas pelo programa – entre 6 municípios escolhidos do país.

As 29 unidades municipais que participam do Nova Escola receberam, este mês, um kit tecnológico composto por Chromebooks, data show, mouse e cabos. Depois de entregar o equipamento, entretanto, foi a vez da formação.
“Era preciso fazer um momento de formação para mostrar aos professores, que serão nossos multiplicadores, formas eficientes de utilizar as ferramentas no processo de ensino-aprendizagem”, comentou a coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Keite Lima.

Foto: Roberto Fonseca/SECOM

O intuito, depois de incorporar essas tecnologias e aparatos, é promover o aprimoramento dos planos de aula com base no que existe hoje de mais dinâmico e interativo, levando a inovação para dentro da sala de aula, com foco na aprendizagem.

Para a paulista Fabiana Fonseca, que veio ministrar a formação na Bahia, é uma forma eficaz de transpor desafios tendo a tecnologia como aliada do professor. “É uma conquista e um privilégio, porque estes professores estão tendo essa oportunidade”, pontuou.

Foto: Roberto Fonseca/SECOM

A atividade foi realizada das 8h às 17h, no Instituto Federal Baiano (IF Baiano) campus Alagoinhas. A formação não é continuada, mas as facilitadoras informaram que já têm um grupo online com os professores que participaram das dinâmicas e se colocaram à disposição para esclarecimentos. “Tudo isso é meio, mas que, se a gente não tem um professor que está completamente engajado, se a gente não tem uma secretaria que esteja dando suporte para a gente, não funciona”, ressaltou Veranesi.

A previsão, de acordo com a SEDUC, é de que as unidades utilizem, a partir de agora, os recursos dentro das salas de aula.

 

Fonte: SECOM PMA

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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