Previsão de gastos do PMDB nos Estados é a maior entre partidos

Os três maiores partidos do país lideram a previsão de gastos das campanhas para governador deste ano.

Entre todas as legendas, o PMDB é o partido com orçamentos mais elevados, com despesa estimada de R$ 36,9 milhões para cada candidato a governador, em média.

O PT aparece logo atrás, com média de R$ 34 milhões, seguido pelo PSDB, que estimou despesas de R$ 31,9 milhões por candidatura.

Os números foram levantados pela reportagem junto aos coordenadores das 85 principais campanhas a governador em todos os Estados e no Distrito Federal.

Geddel Vieira Lima, da Executiva Nacional do PMDB, diz que os valores informados refletem serviços cada vez mais caros. “São os preços. Tudo encareceu. Serviços, material, adesivos estão mais caros”, afirma o candidato ao Senado na Bahia.

“Alimentar um site de campanha precisa de gente especializada para isso. Precisa de carro de som, marqueteiro, papel, jornalista, gasolina. Ninguém vai fazer de graça.”

Nesta segunda-feira (7), a Folha mostrou que a soma das despesas das maiores candidaturas a governos pode chegar a R$ 2,1 bilhões –o equivalente ao custo médio de três estádios da Copa.

O prazo determinado pela legislação eleitoral para que as coligações apresentassem seus limites de gastos na eleição terminou no sábado (5).

Quem ultrapassar esse valor informado poderá ser punido, mas os gastos de campanha costumam ficar bem abaixo do teto estipulado.

Em 2010, por exemplo, as campanhas a governador informaram um limite de R$ 1,7 bilhão e, no fim, disseram ter gasto R$ 938,9 milhões (ambos em valores corrigidos pela inflação no período).

SÃO PAULO NO TOPO

Uma comparação com os limites informados pelas três principais legendas em 2010 mostra que a campanha nos Estados inflacionou.

O PMDB, há quatro anos, lançou 13 candidatos a governos, com limite médio estimado em R$ 22,6 milhões (R$ 28,6 milhões em valores corrigidos). Já o PT estabeleceu limite de gastos bem abaixo da média atual -R$ 18,8 milhões (R$ 23,8 milhões com a correção da inflação).

As médias de despesas são puxadas para cima pelo envolvimento direto desses partidos com a eleição de São Paulo, Estado com a campanha mais cara ao governo.

PT, PSDB e PMDB terão candidatos próprios ao governo paulista, com orçamentos de campanha acima da casa dos R$ 90 milhões cada.

Também contribui para isso a disputa ao governo do Rio de Janeiro, na qual PT e PMDB estimaram gastar, cada um, mais de R$ 60 milhões.

Apesar do eleitorado pequeno, o Distrito Federal desponta no ranking das campanhas mais caras, com gastos somados que podem chegar a cerca de R$ 142 milhões.

O PSB, do presidenciável Eduardo Campos, terá candidaturas com um padrão de gastos mais baixo do que as três maiores legendas.

Em média, as candidaturas do partido de Campos estipularam gastar até R$ 16,7 milhões na campanhas aos governos estaduais.

À frente do PSB estão o PR, que terá candidaturas em três Estados, e o PSD, que vai lançar quatro candidatos.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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