Políticos criticam Janot e dizem que eram perseguidos
Alvos dos processos de infidelidade partidária ouvidos ontem pela Folha contestaram o Ministério Público, mas um deles disse considerar correta a ação da Procuradoria.
Ex-tucano e um dos principais aliados da ex-senadora Marina Silva, Walter Feldman (PSB-SP) afirmou que não irá se opor à ação de perda do mandato. Ele afirmou que, após seguir Marina para o PSB, ofereceu ao líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a devolução do seu mandato, mas a proposta teria sido recusada.
“Fiquei totalmente tranquilo do ponto de vista ético. O meu mandato foi colocado à disposição do PSDB no primeiro momento. Agora há uma questão legal, mas o Ministério Público não terá nenhum problema comigo. Meu mandato é do PSDB.”
Outro aliado de Marina, Alfredo Sirkis afirmou que sofre perseguição política desde 2010, quando a ex-senadora deixou o PV após ter disputado a Presidência da República pela legenda.
Ele criticou a posição do procurador-geral Rodrigo Janot: “Me surpreende que o Janot não acompanhe a atualidade política. Talvez seja uma ação para desviar o foco do mensalão, não sei”.
O deputado Silvio Costa disse que teve aval do PTB para ir para o PTC. Segundo ele, após disputar a liderança do ex-partido na Câmara e perder o posto, ele começou a sofrer retaliação da bancada.
O deputado César Halun (PRB-TO) informou que ainda discute o caso com advogados para se manifestar. A Folha não conseguiu no final da tarde de ontem falar com os outros deputados.
Fonte: Folha de São Paulo