Polícia divulga imagem de suspeito de matar e violentar idosa

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O suspeito de matar a proprietária da Escola Creche Menino Jesus, Maria Amélia Santos, 63 anos, teve o nome e a imagem divulgados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta terça-feira, 8. Segundo a polícia, a idosa foi espancada e violentada pelo morador de rua Eric Carvalho da Conceição, 24 anos, que já tinha sido ajudado pela vítima.

Ele foi visto saindo da creche carregando um botijão de gás, próximo ao horário estimado do homicídio. Duas moradoras do bairro viram o suspeito, por volta das 21h30 de domingo, no portão da instituição e perguntaram o que ele fazia no local.

“Ele disse que alugou uma casa no bairro e estava de mudança. Dois botijões de gás e alimentos foram levados”, contou a pedagoga e professora Maria Cristina Santos Oliveira, 44 anos, filha mais velha da vítima.

A idosa Maria Amélia foi vista pela última vez ao voltar da igreja no domingo à noite. Ela costumava dormir em um quarto construído na creche para poder receber as crianças no início da manhã.

O corpo da vítima foi localizado pela filha mais nova, a pedagoga e professora Patrícia Emanuela Santos Araújo de Jesus, 28 anos. Às 19h30, ela, o marido e a filha de 4 anos passaram em frente à creche e perceberam que o portão de entrada estava torto. Contudo, não desconfiaram de arrombamento, porque o portão já estava com defeito.

No retorno da igreja, por volta das 21h40, eles voltaram a ver o portão torto e todas as luzes apagadas, o que não era comum. Ao chegar em casa, a neta de Maria Amélia perguntou para a mãe quem era a pessoa que ela viu na escada da creche. Então, Patrícia ligou para a mãe e como ela não atendeu, decidiu ir na creche.

“Minha mãe estava nua, deitada na cama e tinha corte na cabeça. Chamei o Samu, mas ela já estava morta”, narrou Patrícia, emocionada. “Eu nunca vou esquecer essa cena. Vai ficar marcada em minha mente”, completou.

Suspeito

Eric viveu no Arenoso, onde o crime aconteceu, há quatro anos, mas foi expulso pelos moradores após invadir uma casa e tentar violentar e roubar uma mulher. “Na época, ele não tinha o que comer e minha mãe o ajudou. Ele ajudava na limpeza e fazia todas as refeições aqui. Três sobrinhos e um irmão dele estudaram aqui na ocasião”, disse Maria Cristina.

A Escola Creche foi fundada há 28 anos por Maria Amélia, quando ela recebeu uma proposta da prefeitura para se mudar da invasão do Cai Duro, na Pituba, para o Arenoso. Na época, ela era líder comunitária e desenvolvia projetos sociais no Cai Duro. Ela foi a primeira moradora do Arenoso.

A creche é comunitária e funciona com doações e ajuda de voluntários. Hoje, mais de 68 crianças são assistidas pela instituição.

O corpo de Maria Amélia foi enterrado na manhã desta terça-feira, 8, no Cemitério de Periperi.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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