Petrobras reafirma foco em negócios de curto prazo e baixo investimento

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O diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Ivan Monteiro, e outros executivos da Petrobras reafirmaram nesta quinta-feira (23) – em teleconferência de resultados – que a prioridade da estatal será a de manter o foco em projetos com maior rentabilidade no curto prazo e menor investimento necessário.

Além disso, a diretoria da estatal informou que vai avaliar constantemente as possibilidades de desinvestimentos (venda de ativos). “Todos esses processos formarão um conjunto harmonioso no sentido de reduzir a dívida”. O diretor financeiro descartou totalmente a possibilidade de emissão de títulos para capitalização. A dívida líquida da empresa em 31 de dezembro de 2014 era de US$ 106 bilhões. A projeção do fluxo de caixa da empresa é de US$ 26 bilhões em 2015.

Segundo Solange da Silva Guedes, diretora de Exploração e Produção, o crescimento orgânico da produção é importante para o plano de negócios. “A Petrobras demonstra portfólio de grande valor. Essa constatação demonstra nossa capacidade de gerar ativos de qualidade, quando temos uma exploração totalmente focada. Norteia ainda nossas decisões sobre oportunidades de desinvestimento”, explicou Solange.

Solange explicou que o exercício que a empresa faz é manter o foco em ativos que tenham investimento marginal para otimizar retornos no curto prazo. “Nossa estratégia é postergar projetos de baixo retorno que demandem investimentos e focar carteira em atividades de exploração de ativos com capacidade de retorno ágil”, reafirmou Solange. Ontem, na divulgação de balanço, o gerente executivo de Desempenho Mário Jorge da Silva já havia comentado esse ponto ao lado do presidente da estatal, Aldemir Bendine.

Sobre a política de preços da companhia, a Petrobras reiterou que trabalhará com preços competitivos e de mercado. “Na elaboração do novo plano de negócios trabalharemos sempre com os preços mais competitivos”, disse o diretor financeiro. A empresa congelou o preço de combustíveis na gestão anterior (presidida por Graça Foster), por influência direta do governo federal e da presidente Dilma Rousseff. 

O plano estratégico para os próximo cinco anos será divulgado nos próximos 30 dias.

Uma pergunta recorrente dos acionistas e instituições financeiras foi sobre o fato não haver pagamento de dividendos, após prejuízo líquido de R$ 21,6 bilhões em 2014. Monteiro afirmou que a “companhia está absolutamente tranquila sobre a decisão de não pagar dividendos”. Em seguida disse que se houver lucro em 2015, deve haver distribuição de dividendos. “Registrando lucro [em 2015], vamos distribuir, como de costume.”

Outra questão recorrente foi a de previsão de investimentos (capex), anunciada ontem valor de US$ 29 bilhões, para 2015, e US$ 25 bilhões, em 2016. 

Fonte: iG

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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