Petrobras não venderá campos maduros de petróleo da Bahia – Exclusiva
Reunidos nesta segunda-feira, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, com a diretora de Exploração e Produção de Petróleo, Solange Guedes, Ubiraci Porto e José Mário Rangel, dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Paulo Cezar Martins, Alcimar Ribeiro, Radiovaldo Costa e David Bacelar, diretores do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, apresentaram o panorama crítico do segmento no estado e cobraram posições da companhia para conter a crise e estabelecer metas que garantam empregos, a partir de novos investimentos e de políticas capazes de ampliar a presença da estatal no território baiano.
A diretora garantiu que a estatal não venderá os campos de petróleo da Bahia, considerados maduros e com custo elevado de prospecção. Cada barril de petróleo produzido no estado exige investimento de 40 dólares. Vendido por 50 dólares, o lucro auferido é considerado baixo pela companhia.
Em comparação com os poços do pré-sal, os campos maduros da Bahia levam grande desvantagem: cada poço do pré-sal, em média, produz 20 mil barris diariamente. No estado, os poços terrestres, levando-se em conta a média produtiva, garantem apenas 20 barris. No cômputo geral, na Bahia são produzidos 46 mil barris de petróleo por dia.
Os poços do pré-sal produzem mil vezes mais do que os poços baianos. Com o aperfeiçoamento da tecnologia de prospecção em grandes profundidades, os poços localizados no oceano Atlântico já produzem 800 mil barris por dia. Em Dezembro, segundo informou a diretora de Exploração e Produção, a empresa deverá atingir um milhão de barris/dia.
Em função da maior produtividade do pré-sal, a companhia está investindo menos nas áreas terrestres da Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo.
Pólo de Bálsamo
A diretora da estatal aventou a possibilidade de novos investimentos na microrregião de Alagoinhas, em área denominada Pólo de Bálsamo. A empresa definirá em Junho se a fase 2 deste pólo será colocada em prática, o que garantirá recursos de aproximadamente R$ 500 milhões na perfuração de sete novos poços e completação (revitalização) de 347 poços que já produzem há vários anos.
Se concretizado, o investimento possibilitará que apenas na região de Alagoinhas a Petrobras atinja o índice de 10% da produção total da Bahia, gerando a contratação de empresas prestadoras de serviço e novos empregos.
Na Bahia, existem 5.000 poços de petróleo caracterizados como produtores e injetores.
