Petrobras amplia para 43% cortes em cargos de gerências não operacionais

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A Petrobras decidiu ampliar o tamanho do corte nos cargos de gerência, parte de seu programa de reestruturação organizacional anunciado em janeiro. Em reunião realizada nesta quarta-feira (30), o conselho de administração da companhia aprovou a nova estrutura, com redução de 43% no número de gerentes em áreas não operacionais.

Com isso, 2,2 mil dos 5,3 mil gerentes perderão o cargo. O plano inicial previa corte de 30%, ou 1,6 mil pessoas. Eles não serão demitidos, mas perdem a bonificação e benefícios do cargo. Com a medida, a empresa espera economizar até R$ 1,8 bilhão por ano.

A nova estrutura organizacional da Petrobras fundiu as diretorias de Refino e de Gás e Energia e mudou o escopo de duas outras diretorias: a de Engenharia virou Desenvolvimento da Produção e a Corporativa se tornou Recursos Humanos, SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança) e Serviços.

Apesar da resistência de alguns conselheiros, os atuais diretores foram mantidos em suas posições. A única mudança envolveu Hugo Repsold, que deixa a extinta área de Gás e Energia para assumir a diretoria de Recursos Humanos, SMS e Serviços, que será responsável pelas contratações de bens e serviços para a estatal.

A área era ocupada por Antônio Sérgio Oliveira.

A nova estrutura cria ainda comitês estatutários para analisar e recomendar os temas que serão levados para apreciação da diretoria. Segundo a estatal, o modelo “fortalecerá o mecanismo de responsabilização dos gestores”.

Conselho

No fim de abril, os acionistas da estatal analisarão a nova formação do conselho de administração. Os investidores analisarão ainda proposta para ampliar o mandato e limitar reeleições de conselheiros.

Os novos indicados são o economista e advogado Francisco Petros, o contador Jerônimo Antunes e o advogado Durval José Soledade Santos. Os dois primeiros são suplentes do conselho atual.

A proposta retira do conselho o ex-diretor da Vale Roberto Castello Branco, o último remanescente do grupo levado à Petrobras pelo presidente da mineradora, Murilo Ferreira, que comandou o conselho da estatal entre abril e setembro de 2015 -quando se licenciou por divergências com Bendine.

Como acionista majoritária, a União não corre o risco de ter a proposta rejeitada em assembleia.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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