Petista defende Wagner por supostos presentes: ‘Ele não pediu’

O deputado estadual Rosemberg Pinto saiu em defesa do ex-governador Jaques Wagner (PT), um dos citados na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. O petista minimizou, inclusive, os presentes dados a Wagner pela Odebrecht, segundo relato do empresário.

“Em 2014, era permitido o financiamento por parte das empresas e não é crime ir pedir que a empresa possa financiar a campanha. É isso que está na imprensa. A outra coisa rasteira é um indivíduo que vai ao aniversário de outro, leva um presente, que certamente o aniversariante não pediu, e depois sai dizendo que deu presente no valor X ou Y”, declarou Rosemberg.

Dois relógios dados pela empreiteira ao ex-ministro teriam valores estimados, atualmente, em US$ 20 mil e US$ 4 mil, de acordo com a delação. Cláudio Melo Filho afirmou em seu depoimento repasses via caixa 2 para Wagner e disse que, ao assumir o governo, o petista encaminhou três pedidos de grande interesse da empreiteira.

O ex-executivo afirmou ainda que Wagner se reuniu com Emilio Odebrecht para discutir um acordo de leniência. O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) também teve suas relações com Cláudio Melo Filho expostas na delação.

Outros parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) – entre eles Carlos Geilson (PSDB) e Fabíola Mansur (PSB) – reclamaram do que seria, segundo eles, uma “generalização” negativa contra os políticos, sem “separar o joio do trigo”.

“O que vemos muitas vezes é uma espetacularização da mídia, que coloca na mesma vala pessoas que muitas vezes receberam doações, permitidas nas eleições de 2010 e 2014”, discursou Fabíola.

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo