Oposição vence disputa para comissão de impeachment

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Com 39 integrantes, a chapa 2 – Unindo o Brasil, formada em sua maioria por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, venceu hoje (8) a votação para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.  A chapa recebeu 272 votos, enquanto a chapa 1, formada por deputados indicados pelos líderes da base governista, obteve 199 votos. A votação foi secreta.

A comissão deverá ter 65 membros titulares e 65 suplentes. As vagas remanescentes, que não foram ocupadas pela chapa vencedora, serão preenchidas em nova votação, que deverá ocorrer amanhã (9). Faltam escolher 26 deputados titulares e 42 suplentes. Dilma ainda não se pronunciou sobre o caso.

O bloco encabeçado pelo PMDB tem ainda quatro vagas de titulares e 14 de suplentes para serem ocupadas. O bloco liderado pelo PT terá que preencher ainda 15 vagas de titulares e 17 de suplentes. O bloco da oposição, liderado pelo PSDB, que organizou a chapa vencedora junto com outros partidos da oposição e insatisfeitos com a composição da chapa 1, terá de preencher uma vaga de titular e cinco de suplentes.

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados do governo, que eram contrários à eleição por voto secreto, após a decisão do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fizeram tentativa de ocupar as cabines de votação e impedir a continuidade da votação.

O Partido Comunista do Brasil (PC do B), da base do governo, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para a eleição da comissão ocorresse por voto aberto. Na confusão, o equipamento de duas cabines ficou danificado. Até o início da noite, o STF ainda havia se pronunciado sobre o caso.

Cunha dá início

Na última quarta-feira, 2, Eduardo Cunha acolheu o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, protocolado no dia 21 de outubro, pelos juristas Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior.

Cunha deu prosseguimento, após a bancada do PT horas antes, votar pela continuidade do processo de cassação do mandato do presidente da Câmara. Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar onde, supostamente, mentiu na CPI da Petrobras sobre a informação de possuir contas na Suíça.

O parlamentar veementemente negou que o acolheu o processo de impeachment por questões políticas ou de vingança, e, argumentou que o parecer técnico se deu no dia 28 de outubro.

Fonte: Agência Brasil

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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