O PSDB é o novo PMDB?
Tucanos sempre tiveram um jeito peculiar de fazer guerra. Raramente disparavam fogo amigo em público e, quando possível, preferiam o conforto do muro a lançar-se na arena das opiniões claras — pelo menos aquelas que mais tarde poderiam ser obrigados a modificar. Mas tudo mudou com a investida da Lava-Jato no ninho.
O senador Aécio Neves, detentor de 51 milhões de votos no segundo turno da eleição presidencial de 2014 e ex-potencial candidato ao pleito de 2018, foi o primeiro a ter a imagem incinerada. As gravações entregues pelo empresário Joesley Batista à Procuradoria-Geral da República e a delação coletiva da Odebrecht aniquilaram não só o mineiro — atingiram mais cinco senadores, quatro deputados federais e três governadores do partido.
Uma investigação do Cade sobre o cartel das empreiteiras e o tucanato paulista também tem o potencial de trazer dores de cabeça ao PSDB, que até recentemente vinha conseguindo manter distância de dois carimbos há muito estampados em outras siglas, o do fisiologismo e o da corrupção.
Fonte: Revista Veja