Novo ministro atribui indicação a Cardozo, mas admite: ‘Wagner anuiu’
O Ministério da Justiça está no olho do furacão da Lava Jato, com a Polícia Federal, desencadeando uma operação atrás da outra. E, mais que isso, se no ano passado foi a vez dos empresários, agora vem a parte mais barulhenta, a dos políticos, e também as pressões, que já são intensas.
Wellington tem consciência: “As instituições têm dado provas de que estão fortes. E todos aqueles que podem dar contribuições nessa direção, devem fazê-lo. Se fôssemos levar em conta todas as variáveis do momento, talvez fosse o caso de refletir mais. Mas tudo farei com integridade e dedicação. É com esse propósito que eu buscarei dar o melhor de mim”.
A presidente Dilma já falou com Wellington. Embora todos afirmem que a indicação partiu de Jaques Wagner, ele diz que todos os atores do processo apontam que, na real, o nome dele foi lembrado por José Eduardo Cardozo, o antecessor. “Já nos conhecemos das reuniões do Conselho dos Procuradores Gerais e também quando ele veio à Bahia tratar dos problemas com os índios. Mas é claro que Jaques Wagner anuiu”, concordou.
Convite — Wellington Lima e Silva já passou o fim de semana sabendo que poderia ser ministro. O primeiro contato foi feito com ele sexta passada. Mas pessoas próximas a Jaques Wagner diziam que a Bahia começaria a semana com novidades no Ministério.
Posse — Wellington vai a Brasília nesta terça-feira (1º) para uma reunião preliminar com José Eduardo Cardozo. Vai se inteirar das principais demandas do Ministério. A posse depende da agenda presidencial, mas deve ser até quinta (3).
Fonte: bahia.ba