Nomeações meramente políticas comprometem ações do governo – Opinião – Maurílio Fontes

A política é um espaço para arranjos partidários. E quase nunca a competência é levada em consideração. Não há novidade nisso, pois partilhar o poder é a tônica de quem ganhou a eleição e precisa governar sem maiores atribulações.

Mas devem haver limites que não comprometam o dia a dia da máquina administrativa. Não é o que acontece em Alagoinhas e em tantas cidades da região. Mas a análise se prende a Alagoinhas por razões óbvias.

A nomeação de Jaldice Nunes para a diretoria de Cultura da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer foi um erros mais crassos do  começo do segundo mandato do prefeito Paulo Cezar.

Polivalente às avessas, Jaldice não tem nenhuma proximidade com a área de cultura em Alagoinhas. Faltam-lhe atributos mínimos para exercer a função. Ela não entende nada do segmento.

A indicação de Jessé Bico de Pena para Ouvidor da Prefeitura de Alagoinhas revela que os interesses políticos foram mais importantes que as questões administrativas. Ao que se sabe, Jessé não fez cursos nesta área, não tem experiência e tão pouco possui cultura geral exigida de quem exerce função tão importante. Sua credencial: ser presidente de um partido que tem vereadores e peso na política alagoinhense.

A nomeação de Iamara Andrade para comandar a Secretaria de Comunicação Social extrapola as questões meramente políticas e está vinculada a interesses familiares, contra os quais, segundo fontes do governo, o prefeito não consegue se contrapor.

Está enredado desde o primeiro mandato, dizem as fontes, a tudo aquilo que desejam a secretária de Assistência Social e sua irmã, cujas credenciais são o parentesco com o alcaide e a força de decisão junto a ele.

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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