Mudanças no governo Joaquim Neto são inevitáveis. E mais do que isso: necessárias – Maurílio Fontes

A chegada do final do ano e o fechamento do primeiro ciclo da gestão exigem do governo Joaquim Neto avaliação fidedigna da performance coletiva da administração e fina sintonia em relação ao trabalho individual de cada secretaria.

A atuação do secretário Fabrício Faro é uma boa surpresa pelo conjunto de suas realizações, elogiadas até por adversários joaquinistas. No cômputo geral, entretanto, o governo patinou em áreas estratégicas e a média final não é digna de um bom aluno.

Não há como negar: as mudanças são inevitáveis. E mais do que isso: necessárias e urgentes.

Umas serão feitas. Outras, também imperiosas, não acontecerão pelos laços que unem o prefeito a alguns ocupantes do primeiro escalão.

Mudanças acontecerão sob duas vertentes: os que desejam sair e aqueles que serão “saídos”. 

Bruno Fagundes, quase ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, deixará o governo nas próximas horas. Em reunião na manhã desta segunda-feira houve tentativa de demovê-lo da provável defecção; José Edésio, há muito tempo está insatisfeito com os rumos joaquinistas e sem espaço desejado na administração, também rumará para outro destino e a Prefeitura de Madre de Deus está em sua agenda de conversações.

André Luiz, secretário de Infraestrutura e Planejamento Urbano, é tido como campeão nas apostas dentre aqueles que serão saídos da administração, mesmo tendo melhorando nos últimos dias a performance da pasta. 

O secretário da Fazenda, Daniel Grave, fora de todas as listas, inabalável em seu cargo, deveria melhorar o seu relacionamento com os funcionários do Centro Administrativo Municipal (CAM) e presenteá-los com um singelo cumprimento, tão escasso quanto notas de R$100,00 em plena crise econômica. Se existe crise na SEFAZ, e ela é palpável, é de bom dia/boa tarde/boa noite. 

Pedra bruta, pouco lapidável, o diretor-superintendente da SMTT, Luiz Fernando de Araújo Souza, também não provou ter competência para gerir o órgão. Se não fosse a força (sic) do vereador Juracy Nascimento e a amizade com o prefeito, o capitão estaria na lista dos possíveis demitidos. Mas se salvará, mantidas as condições normais de temperatura e pressão.

Camaçari

Fonte gastronômica afirmou na tarde desta segunda-feira (13), em um restaurante de Alagoinhas, que a situação  de Renato Almeida e Reginaldo Paiva, respectivamente, secretários de Fazenda e Administração da Prefeitura de Camaçari, é praticamente insustentável. Helder Almeida, secretário de Governo, manda e desmanda na gestão de Antônio Elinaldo. E não dá espaço para a dupla alagoinhense. 

O deputado federal Paulo Azi tentou amenizar a situação. O prefeito soteropolitano ACM Neto teria se envolvido para resolver a questão, mas nem ele conseguiu conter a dupla Helder Almeida/José Tude, ex-prefeitos de Camaçari, verdadeiros mandatários municipais. 

 

Foto: Alagoinhas Hoje – 12/16

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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