Motoristas de Alagoinhas reprovam ações da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito

A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) está no centro das discussões no Facebook e em outras redes sociais por conta da postura quase sempre autoritária de seus agentes e do foco praticamente exclusivo na repressão e aplicação de multas.

Qualquer pesquisa de opinião indicaria a SMTT como a área mais reprovada da Prefeitura de Alagoinhas. Em todos os cantos da cidade existe grande revolta contra as ações atabalhoadas da superintendência (na semana passada, o Alagoinhas Hoje flagrou agentes de trânsito pintando faixas na Rua Visconde de São Lourenço em pleno início da manhã, causando problemas para os motoristas que queriam estacionar. Postada a denúncia, em um passe de mágica eles desapareceram).

SMMT 1

Ao invés de exercer a autoridade garantida em lei, os agentes se transformaram em “ortoridades” prontos a cometer deslizes no dia a dia de suas atividades (dormir no veículo de trabalho, estacionar em locais proibidos e manter o ar condicionado ligado com o veículo parado são apenas alguns deles).

O vereador Radiovaldo Costa considera a SMTT uma verdadeira caixa preta e afirma  “existir orientação interna para primeiro multar e depois conversar”. Ele critica a falta de campanhas educativas que deveriam orientar os condutores alagoinhenses. “Está claro que a lógica é multar, multar e multar, quando deveria ser o inverso, porque quanto menos multas mais civilizado é o trânsito”, salienta o petista.

Sem alternativas para o enfrentamento direto e eficaz com a SMTT, os motoristas e motociclistas utilizam as redes sociais para denunciar as práticas abusivas dos agentes, que de forma debochada, indicam colocar no “Varela” as reclamações, demonstrando baixa capacidade profissional e nenhuma destreza intelectual porque transformam em chacotas os questionamentos dos cidadãos de Alagoinhas (caso de um vídeo amador que “circula” na internet com pelo menos duas centenas de visualizações). Fato curioso: o caminhão guincho tem placa de Feira de Santana).

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Uma pergunta: A SMTT arrecada quase que compulsoriamente dos contribuintes de Alagoinhas e paga a alguém de Feira de Santana? (o site reconhece que a placa por si só não indica o local de estabelecimento comercial do proprietário do caminhão).

Radares

A cidade está cercada por 12 radares e os equipamentos engordam diariamente o caixa da SMTT. Inexplicavelmente, em algumas vias o limite máximo de velocidade é 40 km. Em Salvador, por exemplo, no Rio Vermelho, nas proximidades do Posto Chaminé, o motorista pode trafegar a 50 km.

Reclamações nas emissoras de rádio de Alagoinhas registram que muitos motoristas não multados em várias cidades do Brasil alcançaram recordes de multas originadas dos talões dos agentes de trânsito da SMTT. Os motoristas agem corretamente em outros estados mas infringem as leis em Alagoinhas?

Não são poucos os casos de multas indevidas. Recorrer à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) requer tempo, paciência e resiliência própria dos santos e não de pessoas normais, atingidas pela mão grande do poder público, tal qual um punguista sempre pronto a subtraí-lhes uns trocados.

Opiniões

No Facebook são facilmente encontradas opiniões sobre as ações da SMTT: “eles estão se achando os donos da cidade”; “SMTT não respeita a distância necessária para estacionar nas proximidades de esquinas”; “o que a SMTT está fazendo na cidade é cruel”.

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Não há como negar que motoristas, via de regra, infringem as leis e querem quase sempre utilizar o jeitinho brasileiro. Estes devem ser punidos exemplarmente. Mas transformar as ações diárias da SMTT em pura coerção está fora das regras da boa convivência entre poder público e sociedade. Que a lei seja cumprida. Mas que os agentes de trânsito ajam dentro dos trâmites legais e não exacerbem suas condutas para o  campo  puro e simples “do eu mando, você obedece”.

A sociedade de Alagoinhas não aceita este tipo de servidor público.

Fotos: Algoinhas Hoje e Cidadãos de Alagoinhas

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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