Marina retoma visual étnico e sofisticado e inventa gloss caseiro de beterraba

Marina retoma visual étnico e sofisticado e inventa gloss caseiro de beterrabaNo alvo

Na campanha, Marina faz questão de divulgar sua habilidade para o artesanato e exibe diariamente colares produzidos por ela. Um dos mais famosos é o “colar de flecha”, que ela usou no dia do registro da chapa socialista na Justiça eleitoral. Ela explica que a flecha tem duas pontas, uma da tribo Kraô, do Tocantins, e outra da tribo Apurinã, do Acre.

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O “colar de flecha” é da campanha passada e foi produzido no ateliê de Marina montado em sua casa, em Brasília. A peça trouxe sorte para Marina, que conseguiu 19,2% dos votos, o que representa cerca de 20 milhões de eleitores e forçou a disputa no segundo turno.

Para este ano, nos raros momentos de pausa na campanha, Marina já prepara um colar novo, de jarina, uma semente da Amazônia conhecida como marfim vegetal. Para isso, ela levou para São Paulo o que chama de “oficina portátil”, uma caixa com ferramentas, a semente já cortada e fios para o colar.

Com o crescimento de Marina na última pesquisa, realizada após a morte de Eduardo Campos, alguns assessores, confiantes na vitória, chegaram a fazer as contas se dá para terminar o colar antes da posse.

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O gosto de Marina por adereços também lhe rende presentes. Um deles ela tem usado com frequência e faz questão de explicar a origem da tribo Kraô. Trata-se de um colar todo trançado com franjas, bem ao gosto da acriana.

Histórias

O estilo de Marina adotado desde a última campanha lhe rendeu bons flertes com o mundo da moda. Logo após a campanha em 2010, ela foi convidada de honra do estilista Ronaldo Fraga para a primeira fila de seu desfile no São Paulo Fashion Week.

Marina apareceu com uma túnica chamada “cusma”, feita com um tecido pintado com tinta extraída de uma árvore chamada Cumaru, da tribo Ashaninka, do Acre, na divisa com o Peru.

Para cada traje de Marina, há sempre uma história a ser contada, uma justificativa a ser dada. Nesse quesito, a campanha investe para manter a mística em torno dela. As histórias estão na ponta da língua de seus assessores da campanha e de seus interlocutores mais próximos.

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Dentre os inúmeros contos estão a blusa de renda que ela usou na convenção do partido em junho e que foi comprada em uma loja do aeroporto de Recife, com certeza de alguma cooperativa de artesanato local.

Há ainda o vestido da noite de casamento de sua filha, comprado em uma loja de uma cidadezinha do interior do Brasil, em uma das viagens que fez ao lado de seu coordenador de mobilização, Pedro Ivo, também integrante da Rede. Isso ocorreu depois de ela ter viajado a Nova York e não ter encontrado nada de seu gosto.

Para esta campanha, Marina também tem comprado peças de roupa da marca Gato de Rua, um coletivo de Recife criado pelo designer Beto Kelner com materiais reciclados.

Fonte: IG

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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