Lucro do Banco do Brasil cresce 2,2% no 1º trimestre, para R$ 2,56 bilhões

Principal banco público do país, o Banco do Brasil manteve sua lucratividade no primeiro trimestre deste ano com o forte desempenho do crédito e a redução contínua da inadimplência.

Último dos grandes bancos a divulgar seu balanço dos três primeiros meses de 2013, o Banco do Brasil viu seu lucro líquido crescer 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 2,56 bilhões.

Apesar de ter sido o maior lucro entre os bancos públicos no país, a cifra é menor que os ganhos registrados pelo Itaú Unibanco (R$ 3,47 bilhões) e o Bradesco (R$ 2,92 bilhões) entre janeiro e março deste ano.

O rendimento das instituições financeiras foi amenizado pela queda dos spreads (diferença entre o custo de captação e o valor cobrado pelo empréstimo), ao lado de mudanças no mix de crédito para linhas de empréstimos menos arriscadas e Selic –taxa básica de juros nacional– mais baixa que no início de 2012.

Esse foi o fator que mais impediu uma expansão vigorosa do lucro de Itaú Unibanco (+1,3%) e Bradesco (+4,5%), na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. No caso do Santander, houve uma queda de 29,6%.

O lucro líquido ajustado do BB, que exclui itens não recorrentes, ficou em R$ 2,685 bilhões no primeiro trimestre de 2013, queda de 0,7% na comparação anual. Analistas consultados pelo Valor e pela Reuters esperavam que a cifra fosse de R$ 2,7 bilhões.

O governo da presidente Dilma Rousseff tem usado o Banco do Brasil como uma das ferramentas para uma retomada da economia, forçando redução de juros e tarifas em uma estratégia que tem sido questionada como muito arriscada por analistas da indústria financeira.

CRÉDITO

O desempenho do BB no início do ano foi apoiado na expansão de 25,7% da carteira de crédito total do banco no período, totalizando R$ 592,7 bilhões ao final de março. Em relação ao último trimestre de 2012, a carteira de crédito do BB teve crescimento de 2,1%.

A expansão do crédito do banco foi superior a dos bancos privados, contrariando expectativas de que resultados do fundo de pensão dos funcionários do BB (Previ) poderiam trazer um impacto negativo. Desconsiderando a Previ, o lucro líquido contábil do banco cresceu 7,8% e alcançou R$ 2,445 bilhões de janeiro a março.

O banco segue adotando a estratégia de concentrar carteiras em linhas de crédito de menor risco, como crédito consignado, financiamento de veículos e crédito imobiliário.

Por conta disso, a carteira de crédito classificada do Banco do Brasil, que exclui operações do Banco Votorantim e de carteiras adquiridas, finalizou o primeiro trimestre de 2013 com saldo de R$ 119,5 bilhões, crescimento de 26,3% em 12 meses.

Segundo o banco, 74,8% dessa carteira estão concentrados nas linhas de crédito de menor risco, com destaque para o crescimento anual do financiamento de veículos (+153,2%) e o crédito consignado (+19,7%).

INADIMPLÊNCIA

A taxa de inadimplência acima de 90 dias do BB caiu para 2% no primeiro trimestre, ante 2,2% no mesmo período do ano passado.

Por conta disso, o banco conseguiu reduzir as despesas com provisões para calotes em 8,3% na comparação anual, passando de R$ 3,44 bilhões para R$ 3,23 bilhões.

Segundo o BB, esse desempenho é reflexo do crescimento da carteira em linhas de crédito com menor risco, tais como, crédito consignado, financiamento de veículos e crédito imobiliário.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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