Linha de corte, a pauta da vez no tititi político dos deputados baianos

Linha de corte é a quantidade mínima de votos para se garantir na Câmara ou na Assembleia. Por isso que, quando o PSC recusou o chapão de Ronaldo, deu alvoroço. Chegaram a dizer que a linha de corte para federal era de 120 mil votos e estadual 60 mil. Agora com a poeira mais assentada, se fala em 85 mil e 45 mil.

As listas que circulam nos bate-papos e na internet estabelecem linhas de corte com base nas eleições anteriores, dando-se o desconto que em 2018 o desencanto coletivo é grande e esperam-se muitos votos brancos e nulos. As listas, bem elaboradas, viram mero tititi quando sugerem a pretensão de dizer, ou insinuar, quem vai e quem fica. E não dá.

No escuro — Óbvio que algumas figuras, as estrelas, pela condição financeira ou política que têm, são  carimbadas, com eleição tida como certa. Mas convém lembrar que esses são poucos. A briga é mais embaixo.

Veja a Assembleia; 53 dos 63 deputados vão disputar a eleição. Todos se dizem reeleitos, ressalvando: ‘Com dificuldades’. Estão? Claro que não. E qual o percentual de renovação?

Ora, a Bahia é do tamanho da França, bem mais pobre, claro. Pesquisar a vastidão desse território para tentar espelhar um retrato do momento é caro. E se for entrar no varejo da disputa de deputado, é tecnicamente impossível. Então, as listas da linha de corte não são fato. Tem muito de chute.

 

Fonte: Levi Vasconcelos/ A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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