Indicado para PGR, Aras avalia aceno a integrantes da Lava Jato
O subprocurador-geral Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro(PSL) para o cargo de procurador-geral da República, definiu a estratégia dos próximos 15 dias, segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, no portal G1.
Segundo a publicação, ele vai percorrer os gabinetes dos senadores, além de dialogar com as diferentes correntes políticas e tentar diminuir a resistência ao nome dele entre integrantes do Ministério Público, causada pelo fato de ele não ter integrado nem ter concorrido à lista tríplice da categoria.
Aras vai começar atuando na seara legislativa. A partir desta terça (10), começará o périplo pelos gabinetes de 80 senadores. Na última sexta (6), ele já se reuniu com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e, nesta semana, começará as conversas com a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS).
Ainda de acordo com o blog, para tentar diminuir resistências ao nome dele, Aras já sinalizou a interlocutores estar aberto à manutenção de procuradores da Lava Jato “se eles quiserem assumir a continuidade dos trabalhos”.
“Continuidade do trabalho”
Procuradores envolvidos nas investigações e integrantes do Ministério Público na primeira instância têm o procurado “demonstrando interesse em manter a continuidade do trabalho”.
Contudo, Aras frisa nessas conversas que não fez convite a ninguém. E que só cuidará disso após a sabatina no Senado.
Quando Bolsonaro indicou Aras, a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) divulgou uma nota classificando a decisão do presidente de “maior retrocesso institucional” em vinte anos.
Além disso, dois procuradores desistiram de cargos de comando em Sergipe após a indicação de Aras para a PGR.
Para Augusto Aras, o episódio de Sergipe foi superdimensionado. Quando indagado, ele costumar afirmar também que as críticas de integrantes do MP partem de um grupo “de jovens procuradores corporativistas”.
Fonte: bahia.ba