Imóveis têm queda real e menor valorização anual desde 2011
Os preços dos imóveis no Brasil ainda não estão diminuindo, como torcem muitos compradores, mas a alta tem sido tímida e já não supera a inflação.
Nos últimos 12 meses, o preço médio do metro quadrado do país subiu 6,29%, segundo o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do mercado imobiliário de 20 cidades brasileiras.
A variação é inferior à alta da inflação medida pelo IPCA no mesmo período, de 7,10%, se considerada a projeção de inflação do Boletim Focus do Banco Central para o mês de janeiro, de 1,20%.
Como os preços dos imóveis subiram em uma velocidade menor do que o índice inflacionário, que mede a alta generalizada dos preços, é possível dizer que o mercado imobiliário teve uma queda real nos últimos 12 meses.
Essa variação de 6,29% é a menor registrada desde 2011, início da série histórica do Índice FipeZap Ampliado, que inclui 20 cidades.
No mês de janeiro, o preço médio do metro quadrado apresentou alta de 0,39%. O dado mensal também representa uma queda real diante da inflação esperada para janeiro, de 1,20%.
Dentre as 20 cidades acompanhadas, a maior valorização mensal foi verificada em Fortaleza, onde o metro quadrado subiu 1,43%. A cidade foi a única que registrou alta acima da inflação. Já a maior baixa ocorreu em Porto Alegre, onde os preços variação negativa de 0,68%.
No mês passado, o metro quadrado médio das cidades do FipeZap ficou em 7.492 reais. Rio de Janeiro segue com o preço médio mais caro: 10.617 reais. Em segundo lugar, aparece São Paulo, com média de 8.446 reais.
As cidades com metro quadrado mais barato do índice foram Contagem, com preço médio de 3.380 reais, e Goiânia, com valor médio de 4.022 reais.
Veja na tabela a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidades acompanhadas pelo índice em janeiro. A lista foi ordenada de acordo com a variação anual.
Região | Variação anual (últimos 12 meses) | Variação mensal janeiro/14 | Variação mensal dezembro/14 |
---|---|---|---|
Goiânia | 13,40% | 0,44% | 0,79% |
Vitória | 11,30% | 0,92% | 0,80% |
Campinas | 9,24% | 0,29% | 0,24% |
Fortaleza | 9,09% | 1,43% | 0,55% |
Belo Horizonte | 8,62% | 0,42% | 0,57% |
Vila Velha | 8,50% | 0,76% | 0,75% |
Niterói | 7,76% | -0,06% | 0,27% |
São Bernardo do Campo | 7,52% | 0,43% | 0,35% |
Salvador | 7,28% | 0,86% | -0,09% |
São Paulo | 7,02% | 0,46% | 0,34% |
Santo André | 6,92% | 0,17% | 0,22% |
Rio de Janeiro | 6,63% | 0,33% | 0,43% |
Recife | 6,52% | 0,59% | 1,50% |
Índice FipeZap Composto (7 cidades) | 6,51% | 0,48% | 0,43% |
Índice FipeZap Ampliado (20 cidades) | 6,29% | 0,39% | 0,33% |
São Caetano do Sul | 6,00% | 0,45% | 0,77% |
Contagem | 5,44% | 0,70% | 0,72% |
Florianópolis | 2,99% | 0,77% | -0,28% |
Santos | 2,54% | -0,02% | 0,36% |
Porto Alegre | 2,44% | -0,68% | -0,90% |
Curitiba | 1,91% | -0,05% | -0,21% |
Brasília | 0,37% | 0,40% | 0,38% |