Hortas escolares conscientizam alunos sobre alimentação saudável

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A conscientização sobre alimentação saudável pode ser uma das funções da escola, e as hortas escolares mostram como esse é um caminho com excelentes resultados. Além de estimularem o contato dos alunos com a terra e com a natureza, chamam a atenção para o consumo de alimentos frescos.

“É muito comum ouvirmos relatos de familiares dos estudantes que passaram a ter uma alimentação mais balanceada por influência do que os filhos aprenderam na escola”, afirma a coordenadora do projeto Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia, Ana Rosa Santos. O projeto é uma parceria da Universidade de Brasília (UnB) com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Além dos benefícios à saúde, Ana Rosa, também professora do centro de excelência em turismo da UnB, destaca o valor pedagógico desse processo de aprendizagem. “Essas atividades permitem a prática da interdisciplinaridade e um aprendizado dinâmico, ancorado nas experiências vividas. Além disso, as hortas escolares possibilitam discutir outros temas como a sustentabilidade, por exemplo.”

No caso da Escola Classe 410 de Samambaia, no Distrito Federal, um projeto ambiental puxou o outro. “A ideia de começar a horta veio da necessidade. Primeiro, implantamos a coleta seletiva e, então, fizemos um trabalho de conscientização das crianças a respeito do resíduo orgânico que poderia ser aproveitado. Então, veio a horta, o viveiro e o minhocário”, lembra Paulo Gileno Ribeiro Bosco, diretor da instituição.

O espaço da horta criada por Paulo e pela professora Hermínia Maria Campos era um descampado que servia de depósito de cadeiras e outros móveis quebrados. A revitalização do local e o engajamento dos professores e alunos levaram à completa renovação da terra e tornaram possível a interdisciplinaridade. “No projeto ambiental, tem a parte de matemática, em que eles calculam quantas mudas devem plantar em uma área. Recentemente, no projeto de literatura, eles trabalharam o conto ‘João e o pé de feijão’ em conjunto com o crescimento de uma semente de feijão que eles mesmos plantaram”, conta o diretor.

Parte da produção da horta – que inclui alface, coentro, cebolinha e couve – é destinada ao consumo na cantina da escola, mas os alunos também podem levar a produção para casa. Nesse trabalho de envolver a comunidade, a escola promove eventos para levar as famílias ao ambiente da horta. “Teremos a 1ª Ciranda de Oficinas Ambientais, onde receberemos a comunidade no nosso quintal. Vamos dividir as funções entre crianças e responsáveis, em que os adultos vão entender, por exemplo, a função do viveiro ou do terrário no projeto. E a comunidade vai entender o que as crianças fazem no dia a dia”, comenta o professor Paulo.

Fonte: Ascom MEC

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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