Governo do estado encerra contrato com empresa prestadora de serviço e 590 vigilantes escolares serão demitidos na região de Alagoinhas
O governo do estado, por intermédio da Secretaria da Educação, encerra hoje o contrato de prestação de serviço com a empresa MAP, responsável pela vigilância não armada de escolas estaduais situadas em diversas regiões da Bahia.
As demissões, em função do encerramento do contrato, devem totalizar 3.300 trabalhadores.
Em Alagoinhas e nos 22 municípios da região 590 vigilantes perderão os empregos. Só em Alagoinhas serão 200 demitidos.
A intenção dos gestores da educação da Bahia é substituir os trabalhadores pelo monitoramento eletrônico das escolas. E com isso “diminuir custos”.
Para o vereador Radiovaldo Costa (Rede), pré-candidato à Prefeitura de Alagoinhas, a medida é um grande absurdo praticado pelo governo do estado e afetará diretamente a comunidade escolar, aumentado a insegurança e os riscos de delitos nas unidades educacionais de Alagoinhas e região. “Professores, funcionários e estudantes ficarão sem qualquer proteção, porque o monitoramento eletrônico, planejado pela Secretaria da Educação, levará tempo para ser instalado”, afirmou Costa ao Alagoinhas Hoje, acrescentando “que os vigilantes estão pagando a conta dos ajustes financeiros implementados pelo estado visando cortar despesas”.
A gestão pública, de acordo com o vereador, não pode levar em consideração apenas cálculos financeiros, planilhas e métodos para equilibrar seus custos. Há, segundo ele, necessidade de avaliar os impactos sociais das medidas, principalmente em momento de elevação do desemprego. “Esta medida, que para mim é injustificável, não resolverá a questão das finanças da Secretaria Estadual da Educação e terá impactos negativos em aproximadamente 600 famílias de Alagoinhas e da nossa região”, frisou Costa.
Em seu entendimento, o governo do estado demonstra insensibilidade e incapacidade de avaliar corretamente as melhores alternativas para diminuir custos. “Definitivamente, a demissão de 590 vigilantes, sendo 200 apenas em Alagoinhas, não gerará mais capacidade financeira ao estado e criará muitos problemas para o funcionamento das escolas estaduais, que não terão nenhum anteparo interno quando situações de violência acontecerem”, pontuou o vereador, salientando “que as economias dos municípios também serão afetadas pela medida da Secretaria da Educação”.
Protesto
Na segunda-feira (4), o Sindicato Metropolitano dos Vigilantes (SINDMETROPOLITANO), cuja área de atuação inclui Alagoinhas e região, realizará protesto no centro da cidade contra o encerramento do contrato e as demissões dos trabalhadores.
Dirigentes sindicais e os vigilantes demitidos também farão protesto em frente à sede do Núcleo Regional de Educação (NRE), denominação da antiga Diretoria Regional de Educação (DIREC).