Gil ‘confirma’ que Bahiano não discriminava e ‘Tradição’ é metáfora

O cantor Gilberto Gil concordou com a informação passada ao bahia.ba pelo ex-presidente do Bahiano de Tênis, Luis Martins Catharino Filho, durante a saída do Ilê Aiyê, no último sábado (25), de que o clube nunca promoveu discriminação racial, mas deixou uma dúvida no ar.

Em entrevista à reportagem no Camarote Expresso 2222, logo após voltar da homenagem recebida do bloco Cortejo Afro, nesta segunda-feira (27), o compositor de “Tradição” explicou que a letra da canção, na verdade, é uma translação, mas não explicitou se os negros eram impedidos de adentrar ao espaço pela porta da frente.

“Não existiu [discriminação] mesmo não. Foi uma metáfora sobre a dificuldade de os negros estarem nos lugares, mas evidentemente pela porta da cozinha sempre entravam, né?”, brincou Gil, aos risos. “Não era literal, era metafórico. Era aliterário (mais risos)”, completou.

A polêmica música, que fala sobre um rapaz ter conhecido uma “garota do barulho”, traz entre os seus versos a estrofe “No tempo que preto não entrava no Bahiano, nem pela porta da cozinha”.

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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