Ex-vendedor de picolé vira dono de rede de milkshakes que fatura R$ 45 milhões
Quando tinha apenas oito anos, Clederson Cabral vendia sorvete na rua. Debaixo do sol, carregava um isopor nas costas com 50 picolés e oferecia os produtos a motoristas no farol e moradores de Paulínia, interior paulista. Com o dinheiro, ajudava a família e juntava uns trocados para estudar.
Apesar de estar empregado, Cabral não deixou de lado o perfil empreendedor. Para juntar mais dinheiro, vendia relógios da China no trabalho e conseguia, segundo ele, ganhar quase o mesmo salário que recebia como administrador.
“Quando terminei um MBA de projetos, meu desejo de ter o próprio negócio veio com mais força. Lembrei da minha infância como sorveteiro e decidi abrir minha primeira unidade do Mister Mix em Porto Ferreira [interior de São Paulo]”, conta ele, que conciliou o trabalho com a empresa durante alguns meses.
Quando abriu a terceira loja — todas no interior de São Paulo —, o empresário decidiu iniciar o projeto de franquia. Participou de cursos na Associação Brasileira de Franchising (ABF) e até fez MBA voltado ao franchising.
A primeira unidade franqueada foi lançada em 2008. Hoje, existem 153 unidades neste modelo. Apenas uma loja da rede é própria.
“Para tocar o projeto, vendi duas unidades e uma casa que tinha. Investi tudo no meu sonho de empreender”, relata Cabral.
Considerado inquieto, o empresário — pai de duas meninas — acredita que é necessário persistência e determinação para ter sucesso no mundo dos negócios. “É preciso ter atitude. Nem todo mundo nasceu jogando bola”, compara.
A rede Mister Mix registrou crescimento de 70% de 2012 para 2013 e deve registrar o mesmo índice de expansão neste ano, calcula o empreendedor.
“Nosso foco está na customização de sabores. Da mesma forma que eu misturava diversos sorvetes quando era criança, hoje eu permito que o cliente faça o mesmo com o milkshake. No Nordeste, temos até o sabor tapioca”, pontua.
Fonte: iG