Empresários baianos usam redes sociais para enfrentar crise

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“Na crise, mais do que ser empresário, é preciso ser empreendedor”. Com este conceito, um grupo formado atualmente por cerca de 100 tradicionais empresários baianos vem usando as redes sociais para discutir ideias empreendedoras para vencer as dificuldades geradas pela retração econômica.

Após oito meses de discussões via internet, eles materializaram nesta sexta-freira, 29, uma ação: o 1º Seminário de Empresários Empreendedores da Bahia, coordenado pelo economista e consultor Edival Passos, ex-superintendente do Sebrae Bahia e um dos fundados do grupo. O evento contou com o apoio do Jornal A TARDE.

No evento, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), foram discutidas medidas práticas para, por exemplo, reduzir custos e que podem ser tomadas em associação de negócios. A espécie de permuta profissionalizada, que caracteriza os chamados negócios interna-córporis, foi um dos temas abordados, em palestra proferida pelo empresário e escritor Joaci Góes.

“É um modelo já muito comum em outros países, como os Estados Unidos, mas que ainda é visto com certo atraso e acanhamento pelos empresários brasileiros, com exceções no setor de comunicações, mas que através do Grupo de Empresários e Empreendedores pode ser institucionalizado profissionalmente na Bahia”, disse Góes, enfatizando que a troca de produtos e serviços entre empresas gera ganhos e economia, sobretudo, em cenários de crise, como atualmente no Brasil. “Para dar, entretanto, esse e outros passos, o empresário precisa ver a si próprio como um importante agente de transformação dessa realidade”.

Edival Passos destacou as vantagens do novo grupo formado, bem como a seriedade com que os empresários integrantes estão conduzindo a iniciativa, dispostos a fazer sua parte mudar a conjuntura econômica. “Atitude, criatividade e inovação fazem a diferença hoje e, mais que isso, vão determinar quem sairá na frente no pós-crise”, disse, ao resumir, os tópicos da palestra de tema “Criatividade, Empreendedorismo e Inovação no Século XXI – mudar o que, onde e porque”.

Associativismo

Segundo Passos, as empresas do ramo de comunicação já são naturalmente forçadas a inovar constantemente, dando exemplo para outros segmentos tradicionais, como o comércio, “que pode buscar, por exemplo, o associativismo para encontrar meios de reduzir custos e oferecer melhores preços para efetivar vendas”.

O economista Antônio Rocha ressaltou a importância do planejamento das ações, sobretudo, para a geração de empreendedores que estão surgindo por conta da crise. “São, desempregados que usam suas rescisões para abrir negócios”.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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