Em reunião com Dilma, Temer rebate tese petista de conspiração

Na reunião de ontem à noite no Palácio do Alvorada, o vice-presidente da República, Michel Temer, rebateu a tese petista de que estaria conspirando pelo poder. O vice fez um discurso duro logo no início do encontro, que contou com a presença de 13 ministros. Antes de a presidente Dilma Rousseff falar, ele pediu a palavra para rebater o que chamou de intrigas e disse que não queria “olhares enviesados e sussurros”.

O vice-presidente afirmou que tinha “concepção institucional” clara do seu papel. Lembrou que, no primeiro mandato, quando a presidente Dilma viajava, ele não ocupava o gabinete presidencial, como de praxe, justamente para demonstrar discrição. “Não preciso disso”, disse Temer, referindo-se a uma possível conspiração.

Michel Temer afirmou que o apelo feito na quarta-feira tinha o objetivo de tentar evitar uma derrota na Câmara. Disse que, na terça, o governo não teve força nem para aprovar um requerimento de adiamento da votação e que esses projetos da chamada “pauta-bomba” poderiam “transformar o país numa Grécia”. Como a articulação política está a cargo de Temer, a responsabilidade cairia na conta dele.

Em resumo, o vice deu um recado claro de que o problema do governo não é ele, mas o descontrole da base de apoio no Congresso e o risco para a economia das votações de projetos que aumentem as despesas públicas.

Fonte: Blog do Kennedy