Em campanhas políticas, a primeira vítima é a verdade – Maurílio Fontes
A campanha eleitoral de 2014, a exemplo de tantas outras e em todos os níveis, demonstra que a primeira vítima dos embates partidários é a verdade, violentada sem cerimônia, escrúpulos ou mesmo um mínimo de ética. Um publicitário baiano, que por muito tempo militou no marketing político, me disse certa vez que campanha feia é campanha derrotada.
Portanto, aplicando-se esta assertiva o vale tudo é justificado para alegria de certas parcelas de militantes, pouco afeitas à racionalidade e ao bom combate, como pregou São Paulo em sua trajetória para a expansão do cristianismo.
Na reta final, faltando uma semana para o dia da eleição, ainda veremos na Bahia e na campanha presidencial todo tipo de mistificações, lorotas, falsidades, invencionices, embromações, lampanas, mendacidades …….
O eleitor comum, diante de tantas teatralidades, acaba por não saber quem está com a verdade e quais são as verdadeiras intenções dos candidatos, pródigos em resolutividades teóricas dos problemas baianos e nacionais.
O Marketing político, algo fundamental nas democracias, tem sido completamente desvirtuado não só no Brasil e se aproxima daquilo que um importante jornalista baiano asseverou em acalorado debate acadêmico: “Marketing político se transformou na arte de dourar canalhas.”
E não é que ele tem certa razão, porque canalhas mentem, ludibriam, engazupam ….