Dívidas na “casa” de milhões de reais: presentes de grego de PC para JN
É impossível saber, neste início de 2017, o montante de dívidas deixadas pelo ex-prefeito Paulo Cezar para o prefeito Joaquim Neto. É razoável supor que estão na casa dos milhões.
São presentes de grego.
Mas as maiores dívidas são mais ou menos conhecidas: à Biosanear, empresa de coleta de lixo, a administração cezista ficou devendo R$1 milhão; R$400 mil é o crédito não pago à locadora de veículos; a AMS, empresa de um correligionário de PC, responsável pela reforma/manutenção do Estádio Antônio Carneiro, tem saldo a receber de R$250 mil; a dívida do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) com a Coelba é estimada em R$ 6,5 milhões; as rescisões trabalhistas da Greco, prestadora de serviço à Campbel, somam o montante de R$400 mil.
E não para por aí: a AML, prestadora de serviço ao SAAE, tem crédito estimando de R$ 330 mil; a folha de pagamento da Secretaria Municipal de Saúde, não honrada pelo ex-prefeito, é de aproximadamente R$ 3 milhões; os valores das rescisões dos ocupantes de cargos de confiança no segundo mandato cezista podem oscilar entre R$2,5 milhões e R$3 milhões (terão que buscar seus direitos na Justiça do Trabalho em uma possível longa espera); a Campbel, empreiteira responsável pela manutenção de vias urbanas, tem saldo a receber de R$500 mil.
As obras do PAC 1 e PAC 2, sob a responsabilidade do SAAE, exigirão aportes de recursos da Prefeitura de Alagoinhas na casa dos milhões de reais. Os montantes só serão conhecidos com a auditoria das obras, que estão paradas.
Fornecedores
Existem, ainda, dívidas com centenas de fornecedores que prestaram serviços ou venderam produtos à administração cezista: casa comercial de Alagoinhas, especializada na comercialização de troféus, tem crédito de R$5 mil; distribuidora de remédios, com sede em Ilhéus, foi garfada em R$40 mil; empresa proprietária de sanitários químicos, utilizados em eventos, é credora da administração de PC no valor de R$48 mil.
Muitas empresas, citadas na matéria e outras tantas, a depender da contabilização ou não dos processos, tomarão ou já tomaram calote do prefeito Paulo Cezar.