Dilma elege Michel Temer como ‘o maior erro do seu governo’

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A presidente afastada Dilma Rousseff classificou a aliança que fez com Michel Temer (PMDB) como o maior erro do seu governo. “O erro mais óbvio que cometi foi a aliança que fiz para levar a presidência nesse segundo mandato com uma pessoa que explicitamente, diante do país inteiro, tomou atitudes de traição e usurpação”, disse ela nesta terça-feira, 28, em entrevista à rádio Metrópole, em Salvador.

A petista afirmou que Temer não é representante de si mesmo, mas sim de um grupo político. “O encontro (no domingo, 26) com Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara dos Deputados) mostra isso. É um grupo político. E eu errei em fazer aliança com esse grupo político”, ressaltou.

Dilma também não poupou críticas a Cunha e ao PMDB, os acusando de formar “alianças com pequenos partidos de centro-direita, cada vez mais direita e menos de centro. E neste partido, que é amplo, porque nem todos os parlamentares do PMDB estão nessa condição, ele hegemoniza uma grande corrente dentro do parlamento e faz alianças com vários segmentos. É esta a base política que vai levar ao impeachment”.

Ela afirmou ainda que o governo dela poderia ser mais contundente “para denunciar a existência de um golpe” no país. “Eu não vi [a suposta armação de um golpe] a priori. Só vi a posteriori. Não vi antes, só vi depois. Isso significa que foi uma falha. Mas não é uma insensatez, que é quando você vê na hora e não muda. Tinha de ter visto antes. Tinha de ter havido um combate mais cerrado. Mas eu jamais pensei que veria um novo processo de golpe no país”, disse.

Economia

A petista aproveitou para rebater as acusações de que seu governo deixou uma “herança maldita” para a economia do país. De acordo com ela, uma afirmação do próprio Ministério da Fazenda, na semana passada, desmente a situação.

“Eles vivem falando que deixei um país com uma economia em frangalhos. Diante da saída da Inglaterra da União Europeia, o Ministério da Fazenda solta uma nota falando da robustez do país”, disse. A nota a que se refere Dilma foi publicada no último dia 24, pelo Banco Central do Brasil, pouco depois do anúncio de que o Reino Unido deixaria a União Europeia.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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