Desemprego na Região Metropolitana de SP sobe para 13,2%

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu para 13,2% em junho ante 12,9% em maio, mostra Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira, 29, pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo a entidade, foi o quinto mês consecutivo de alta, em comportamento “não usual” para o período, no qual costuma ocorrer “estabilidade ou redução” do desemprego. A taxa de junho também ficou acima da verificada em igual mês de 2014, quando alcançou 11,3%.

No mês passado, o total de desempregados foi estimado em 1,467 milhão de pessoas, 32 mil a mais do que em maio. Esse resultado decorreu da redução do nível de ocupação, estimado em 9,644 milhões de pessoas, após a eliminação de 42 mil postos de trabalho (queda de 0,4% ante maio), e da “relativa estabilidade” da População Economicamente Ativa (PEA), após 10 mil pessoas saírem da força de trabalho na região (recuo de 0,1% na margem).

Sob a ótica setorial, o aumento da taxa de desemprego em junho decorreu das reduções nos setores de Serviços (-1,1%, correspondente a eliminação de 63 mil postos de trabalho) e, em menor proporção, na Indústria de Transformação (-0,5%, ou 7 mil vagas eliminadas) e na Construção (-0,4%, ou 3 mil fora da força de trabalho) – retrações não compensadas pelo aumento de 2,5% do número de vagas no setor de Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, após a criação de 41 mil postos de trabalho.

Já o rendimento médio real dos ocupados na região aumentou para R$ 1.941 em maio, leve alta de 0,7% ante abril. A renda média real dos assalariados também cresceu no quinto mês do ano, para R$ 1.945, avanço de 0,2% em relação ao mês anterior. 

De acordo com o Seade e o Dieese, na passagem de abril para maio, a massa de rendimentos também cresceu: a dos ocupados subiu 1%, enquanto a dos assalariados aumentou 0,5%. No caso dos ocupados, a entidade explica que o crescimento foi motivado, principalmente, pelo aumento do rendimento médio real. Já no segundo caso, o aumento foi decorrente das variações positivas do nível de emprego e do salário médio real.

Diferente do comportamento na margem, na comparação com maio de 2014, os rendimentos médios reais tanto de ocupados (-6,5%) quanto de assalariados (-5,4%) caíram. Com isso, as massas de rendimentos também recuaram na variação anual: a dos ocupados recuou 6,6%, enquanto a dos assalariados tombou 4%. No primeiro caso, o Seade explica que a queda ocorreu devido ao decréscimo do rendimento médio real e, para os assalariados, por conta da redução do salário médio, uma vez que aumentou o nível de emprego.

Fonte: O Estado de São Paulo

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo