Consumo dos brasileiros atingirá R$ 3,7 trilhões em 2015

Salvador: quinta cidade em consumo no Brasil
Salvador: quinta cidade em consumo no Brasil

Em 2015, o consumo dos brasileiros irá registrar R$ 3,730 trilhões (três trilhões e setecentos e trinta bilhões de reais), apresentando um crescimento de R$ 468 bilhões (cerca de 14,3% nominais sobre 2014, quando registrou R$ 3,262 trilhões de reais). O estudo IPC Maps se baseia em dados secundários, atualizados e pesquisados através de fontes oficiais de informação como as do IBGE, utilizando metodologia própria, em uso há mais de 20 anos.

Segundo Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing, este é o primeiro estudo de potencial de consumo lançado para o mercado, que traz as mais recentes modificações introduzidas, em termos de valores monetários e classificação econômica. Observa-se que a população deve chegar a 204,5 milhões de pessoas, apresentando um aumento de 0,84% para uma densidade de 24 habitantes/km2.

 O número de mulheres permanece maior do que o dos homens (51% contra 49%). A população urbana deve responder por 84,7%, elevando o consumo urbano per capita anual a R$ 20.013,43. Neste ano, o consumo da população residente na área rural chegará a R$ 263,4 bilhões, participando em 7% da economia nacional. Serão 31,3 milhões de pessoas pontuando um consumo per capita de R$ 8.428,81, em 2015.

Melhor distribuição

 O IPC MPS 2015 indica que o cenário de consumo do País será puxado pela classe B e que responde por 43,2% (cerca de R$ 1.497,5 trilhão – pelo critério anterior chegou a responder por 50,8% ou R$ l,55 trilhão em 2014), comportando 35,4% dos domicílios urbanos. Em contrapartida, pela nova sistemática a classe média (classe C) que reúne 47,9% dos domicílios, responde por 33,7% do consumo (ou R$ 1.169 trilhão) – antes eram 46,9% de domicílios para um consumo da ordem de 26%. A classe D/E que passa a abrigar 26,6% dos domicílios (ante os 12,7% da regra anterior), responderá por 10,2% do consumo ou R$ 352 bilhões – antes em torno de 3,6%.

No topo da pirâmide, a classe alta (A) ficou com menor participação: dos 12.9% do consumo – cerca de R$ 447,5 bilhões – é feito por 2,3% dos domicílios – antes eram 19,5% atribuídos a 5,1% de lares.

Marcos Pazzini observa que pelo novo critério de classificação, ficou “mais difícil” ser classificado no topo da pirâmide, pois o sistema de pontuação e os itens considerados no novo padrão estão bem mais atualizados que no padrão anterior. Os empresários que se prepararem para atender este “novo” consumidor terão vantagem competitiva e sairão na frente de seus concorrentes.

Cenário Regional

 Os reflexos participativos regionais apresentam pouca variação nos ajustes. A liderança no consumo é do Sudeste registrando uma participação de 49%, ante os 49,2% do ano passado. O Sul projeta elevação para 17,7%, contra os 16,8% consumidos em 2014.

Enquanto o Nordeste registrará a fatia de 19% (em 2014, foi de 19,5%) o Centro-Oeste fica com 8,4% e o Norte 6%, ante os 8,5% e 6,0% registrados no ano anterior, respectivamente. Maior interiorização – A reversão do cenário de consumo brasileiro indica outra variável: a consolidação do fenômeno da interiorização, ao bater no patamar de 70% do consumo nacional. As capitais vêm apresentando quedas sucessivas neste índice. Dos 32,5% apontados no ano passado, a perspectiva é chegar somente aos 30% absorvidos pelas 27 capitais federativas, em 2015.

50 maiores

Os 50 maiores municípios brasileiros responderão por 40,3%, em 2015. No ano passado, foram 42,6%. No topo do ranking, destacam-se os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia, Recife e Manaus, seguidos por cidades de grande concentração populacional do Estado de São Paulo (como Campinas, Baixada Santista, ABCD, São José dos Campos, Sorocaba, etc.) entre outras regiões metropolitanas do país.

Fonte: IPC

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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