Consultas sobre vida de nomeados dobraram no primeiro ano do governo Bolsonaro
O número de consultas sobre a vida de indicados a cargos públicos dobrou durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.
Segundo a publicação, as consultas servem para identificar irregularidades à conduta de pessoas antes de serem nomeadas e nem sempre conseguem encontrar inconsistência nas informações dos indicados como, por exemplo, no caso de Carlos Decotelli, escolhido para o MEC e que deixou o posto após erros em seu currículo.
A Controladoria-Geral da União (CGU) fez, a pedido da Casa Civil, 2.586 consultas sobre a vida dos indicados em 2019. Esse número foi de 5.225 em 2019, um aumento de 102%.
Em 936 dos casos (18%) analisados no ano passado foram identificados algum registro de pendência.
Segundo a CGU, as consultas servem para identificar registros como sindicâncias e julgamentos no Tribunal de Contas da União (TCU).
Os dados da CGU foram entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação da Rede para questionar o decreto 9.794, que regula as indicações de cargos em universidades.
O partido alega que o texto viola a autonomia universitária e muda as regras para nomeação de reitores e vice-reitores de universidades públicas.
Fonte: bahia.ba