Com cortes no Minha Casa, Minha Vida, governo troca lançamento por reuniões fechadas
Com a perspectiva de ter que adequar os investimentos em programas sociais à realidade orçamentária difícil do próximo ano, o governo apresentará uma proposta mais modesta para a terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
Os números ainda estão mantidos em sigilo, no entanto, integrantes do governo já admitem que a proposta inicial de lançar mais 3 milhões de unidades a serem entregues até 2018 acabou sendo revisada. Representantes do setor e de movimentos sociais também já foram avisados do corte no programa.
Diante do enxugamento, o Planalto também decidiu substituir a cerimônia de lançamento da terceira fase do programa, prevista para quinta-feira (10), por um anúncio bem mais discreto.
Com a presença da presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, explicará o programa em reuniões fechadas, primeiramente com representantes dos movimentos sociais, depois, com empresários do setor da construção civil. Kassab foi convocado a explicará as mudanças feitas na proposta original e os motivos destas mudanças.
Somente após estas reuniões, marcadas para a parte da tarde, no Palácio do Planalto, é que o ministro deve dar uma entrevista falando sobre o projeto.
Nesta quarta-feira, Kassab e integrantes de sua equipe passaram a manhã em reunião no Planalto, acertando os detalhes. No entanto, o ministro não conseguiu convencer que o lançamento merecia a pompa costumeira das agendas positivas.
No Planalto, o ministro das Cidades conversou com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, depois foi chamado ao gabinete presidencial para pela presidente Dilma Rousseff.
Fonte: iG