Clientes da Caixa podem trocar pontos do cartão por dinheiro
Os clientes da Caixa Econômica Federal têm uma nova opção para conseguir renda extra: trocar pontos do cartão de crédito por dinheiro. A alternativa está disponível desde 1º de fevereiro, mas, por ora, apenas para quem utiliza os cartões Mastercard, Elo e Visa das modalidades Internacional, Gold, Platinum, Infiniti e Black.
Trata-se de uma parceria entre a Caixa e o programa de fidelidade InMais. É a primeira vez que um dos cinco maiores bancos do país permite que os correntistas troquem pontos do cartão por dinheiro. Até então, o InMais tinha parceria apenas com instituições financeiras regionais, como o BRB, de Brasília.
Funciona assim: o cliente Caixa deve se cadastrar no site do InMais e receber uma senha de acesso; em seguida, os gastos com o cartão do banco vão gerar pontos, de acordo com as regras de cada plástico (veja todas elas); a partir de 4.000 pontos na Caixa, já é possível solicitar a transferência para o InMais através da central telefônica do banco (08009409009 ou 4004-9009).
Uma vez que os pontos estão no InMais, o sistema permite trocá-los por produtos, como móveis e eletrodomésticos, ou serviços, como recargas de celular e ingressos de cinema. Há ainda a opção de transformar os pontos em dinheiro, que é depositado direto em conta corrente ou em cartão pré-pago.
Cada ponto InMais equivale a um centavo, assim é possível saber exatamente quanto em reais representam seus pontos. E para resgatar os pontos em dinheiro, é cobrada uma taxa de 3,50 reais, ou 350 pontos. Ou seja, se o cliente Caixa transferir 4.000 pontos para o InMais e quiser transformá-los em dinheiro, receberá 36,50 reais (40 reais dos pontos menos 3,50 de taxa). O prazo médio para que o valor seja creditado em conta ou em cartão pré-pago é de 48 horas.
Um detalhe importante é que, uma vez transferidos para o InMais, os pontos nunca expiram. “A ideia é que as pessoas possam enxergar os pontos do cartão não apenas como uma opção para conseguir passagens aéreas, por exemplo, mas também como uma alternativa de renda extra, que poderá ser utilizada para coisas do dia a dia, como pagar contas”, diz Vinícius Rossignoli, gerente de marketing do In Mais.
Mais pontos, mais bônus
A parceria entre a Caixa e o InMais também prevê uma bonificação ao cliente por volume de troca. Ou seja, quanto maior a quantidade de pontos que serão trocados, maior será a bonificação. Quem trocar 4.000 pontos ganha 10% de bônus; 7.000 pontos ganha 20% de bônus; e 15.000 pontos ganha 30% de bônus.
Segundo Rossignoli, a ação em conjunto visa atingir os clientes das classes B, C e o público jovem do banco. “Nosso foco são os clientes iniciantes em programas de fidelidade”, afirma. O InMais espera atingir 500 mil clientes da Caixa e tem como meta realizar uma movimentação financeira de 40 milhões de reais até o final deste ano.
Além da transferência de pontos da Caixa e bancos regionais, também é possível impulsionar o saldo InMais se você fizer compras em estabelecimentos parceiros da plataforma, como Livraria Cultura, Fast Shop, Walmart, Centauro e Fnac.
A quantidade de pontos gerados em cada transação pode variar conforme os critérios de equivalência definidos entre o InMais e cada uma das lojas. Na Centauro, por exemplo, a proporção é de 10 para 1. Ou seja, ao comprar um produto de 100 reais, você acumula mil pontos.
Cautela
Apesar de prático, utilizar o cartão de crédito em compras só para pontuar mais em programas de fidelidade não é indicado se você não tiver disciplina para evitar o descontrole financeiro. Isso porque o cartão permite que você compre coisas sem ainda ter o dinheiro para pagá-las.
Além disso, não adianta pagar no cartão para ganhar pontos se a loja oferecer desconto para o pagamento à vista. Dependendo do tamanho desse desconto, se você tiver recursos disponíveis, pode valer mais a pena pagar o produto à vista.
Já se você possui disciplina financeira e sabe usar o cartão de crédito com consciência, vale escolher o plástico que poderá te dar a maior quantidade de benefícios. Veja os melhores e piores cartões de crédito para acumular pontos.
Fonte: Exame