Chapada Diamantina produz vinho

O sonho se torna realidade. A possibilidade de transformar a Chapada Diamantina em grande produtora de uvas viníferas e de vinhos finos, discutida há quatro anos, durante a comemoração do centenário de Morro do Chapéu, pelo governador Jaques Wagner, o então secretário da Agricultura, Roberto Muniz, o presidente da Cave Coopérative des Riceys, Christian Jojot, e o superintendente de Atração de Negócios da Seagri, Jairo Vaz, já é, quatro anos depois, uma realidade que começa a mudar a vida de toda chapada.

Na sexta-feira (16), com o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e uma comitiva composta por empresários franceses, o governador participou da segunda colheita de uvas de Morro do Chapéu, da degustação de vinhos produzidos com a primeira safra, e do lançamento da primeira Sociedade Vinícola da Chapada Diamantina, um condomínio de 20 hectares que terá também uma indústria com capacidade inicial para produzir 200 mil garrafas de vinho/ano.

O diretor do empreendimento, Eraldo Cruz, explicou ao governador que a Sociedade Vinícola terá 20 lotes de um hectare, cada um com custo de implantação de R$ 198 mil.

A formação do condomínio deverá estar concluída em dois anos, e cada condômino terá direito a uma área de 200 metros quadrados para construção residencial. Serão plantadas uvas das variedades Cabernet Sauvignon, Sirah, Malbec, Cabernet Franc, Merlot, Pinot Noir, Chardonnay, Sauvingnon Blanc e Muscat Petit Grain.

“Começamos a colher os frutos do que fomos buscar na França há alguns anos. Acho que aqui será o vetor de desenvolvimento e enriquecimento da região, principalmente para Morro do Chapéu. Muita gente não acreditava que poderíamos plantar uvas e daí produzir um vinho de qualidade. Hoje, a resposta está aí e os investidores começam a aparecer”, afirmou o governador Jaques Wagner.

Para Eurico Benedetti, do Conselho Diretor da Miolo, o mercado baiano e brasileiro é promissor. Segundo ele, “na França, o consumo percapta de vinho é de 60 litros/ano, enquanto que no Brasil é de 6,8 litros/ano. Temos que fazer trabalho de base, educação e degustação para ensinar o brasileiro a consumir vinho”.  Essa opinião é compartilhada por Giuliano Pereira, pesquisador da Embrapa Uvas e Vinhos, um dos responsáveis pela implantação do projeto na Chapada Diamantina.

Além da primeira vinícola da Chapada, morro do Chapéu terá também uma vila de produtores franceses. Visando acelerar a vinda de produtores da França, o produtor Aderbal Cesar de Oliveira doou 12 hectares de sua propriedade à associação de produtores franceses, sendo dez para o plantio de uvas e dois para a construção de uma vila. residencial.

Fonte: Tribuna da Bahia

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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