Caixa Econômica quer financiar R$ 155 bi em imóveis neste ano

A Caixa Econômica Federal espera alcançar R$ 155 bilhões em concessões de crédito imobiliário este ano em relação aos quase R$ 135 bilhões do ano passado, disse o presidente do banco, Jorge Hereda, na abertura da 10.ª edição Feirão da Casa Própria, que teve início ontem e São Paulo. Desde que passou a atuar nesse segmento, afirma Hereda, a instituição nunca recuou na oferta de recursos.

“A Caixa é sempre otimista e não se mete onde não tem certeza”, disse Hereda na abertura do evento, que vai até amanhã na capital paulista.

Sobre o feirão, o executivo afirmou que espera que seja um “sucesso” como em anos anteriores. Comemorou ainda o fato de a participação do crédito imobiliário no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ter crescido de 1,8% para mais de 8%.

A Caixa espera ofertar mais de 300 mil imóveis no feirão deste ano, financiando um montante de R$ 20 bilhões – abaixo, contudo, dos R$ 28 bilhões da edição de 2013. O evento, que contará com a presença de 560 construtoras e 340 imobiliárias, passará por 13 cidades. Em São Paulo, serão oferecidos mais de 147 mil imóveis, com 83 construtoras e 57 imobiliárias, além de corretores e parceiros institucionais.

Quem contratar o financiamento imobiliário no evento poderá optar por pagar a primeira parcela só em janeiro de 2015. Segundo a Caixa, a condição vale para financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

No ano passado, cerca de 53 mil pessoas visitaram o feirão em São Paulo, onde foram fechados ou encaminhados mais de R$ 3,2 bilhões em negócios, correspondendo a 20.311 contratos.

Canto próprio. Em busca de um imóvel há seis meses, os noivos Eric de Souza Silva, 26 anos, e Ana Lídia do Couto, 28 anos, resolveram esperar o feirão em busca de boas oportunidades. “Queremos um apartamento acima de 50 metros quadrados, mas a maioria que encontramos tem metragem menor”, diz Eric, que trabalha numa empresa de tecnologia. O orçamento do casal, que procura um imóvel na zona leste ou no centro, é de R$ 190 mil. “A vantagem de começar a pagar só em janeiro ajuda muito.”

Já Valéria Santos e Robson Oliveira não veem a hora de ter o próprio canto. “Moramos há três anos na minha sogra, com nosso filho pequeno. A localização é boa, mas queremos o nosso espaço”, diz a operadora de atendimento. Já Edisley Lima, operador de empilhadeira, quer escapar da casa do cunhado, em Perus, onde mora com mulher e filha há quatro anos. “Há boas ofertas de apartamentos aqui, mas há poucas de casas.”

Fonte: ESTADÃO

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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