Bolsonaro ameaça demitir ministro que não ceder cargos para o Centrão

A aproximação do presidente Jair Bolsonaro com partidos do chamado Centrão poderá estremecer a relação com alguns ministros, inclusive com demissão. Para darem apoio ao governo no Congresso Nacional, os líderes partidários toparam aceitar cargos nos segundo e terceiro escalões. No entanto, alguns ministros não gostaram da ideia e podem deixar o governo por força do chefe do Palácio do Planalto.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, apresentaram resistência: Paulo Guedes, ministro da Economia; Tarcísio Freitas, da Infraestrutura; Abraham Weintraub, da Educação; e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional.

Na pasta do Desenvolvimento Regional, Bolsonaro pretende ceder o comando da Secretaria de Mobilidade ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

Na Educação, Weintraub deverá perder o controle do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o PP. Diretorias do órgão devem ainda ser passadas para o Republicanos e PL.

O PL também deverá assumir o comando da Secretaria de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde. Além disso, há negociação para ocupar a Secretaria de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional. Outro órgão na mira do PL é o Banco do Nordeste.

Com os nomes já indicados pelos partidos, representantes destas legendas estariam cobrando do presidente por demora na nomeação. Agora, a expectativa é que a formalização aconteça a partir da próxima semana.

O Centrão reúne cerca de 200 deputados distribuídos em partidos como PP, PL, Republicanos, PTB e PSD. Com essa base de apoio, o presidente passa a ter sustentação para aprovar projetos ou barrar processos, como um eventual pedido de impeachment.

 

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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