Bahia tem quase 2 mil casos de hanseníase detectados em 10 meses

Com 1.913 novos casos de diagnósticos até o último dia 30 de outubro, a hanseníase ainda é uma doença que preocupa a população baiana. Os casos são distribuídos de forma heterogênea, porém as regiões norte, oeste e extremo sul são as que mais apresentam elevadas taxas no estado. Contudo, a identificação de casos em menores de 15 anos tem relação com doença recente e focos de transmissão ativos, sendo o acompanhamento epidemiológico relevante para o controle da hanseníase.

O último domingo do mês de janeiro é considerado pelo Ministério da Saúde (MS) o Dia Nacional de Combate à Hanseníase, uma das doenças de pele mais antigas da história da medicina.  

De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) em 2013 foram diagnosticados 2.227 casos novos, destes 162 ocorreram na população de 0 a 14 anos. No período entre 2004 a 2013, constatou-se uma redução de 45,67% na detecção geral e 44,87% na detecção na população de 0 a 14 anos.

Conscientizar a população acerca a existência da doença e alertar sobre os primeiros sinais e sintomas são medidas fundamentais no enfrentamento da  hanseníase. Para isso, “a coordenação estadual do programa de Hanseníase busca implementar as ações programáticas de modo articulado e integrado com os núcleos regionais de Saúde e seus municípios de abrangência, guardando-se o respeito à autonomia e atribuições de cada município”, afirma a Sesab.

Os 1.913 casos novos registrados em outubro têm detonado um coeficiente de 12,65/100.000hab., configurando “alta endemicidade” segundo os parâmetros oficiais.

O contágio ocorre através de uma pessoa doente. A transmissão não ocorre em contatos sociais, sendo necessário convívio prolongado. Diferente do que consta no imaginário popular, a hanseníase é doença curável, e quanto mais precocemente diagnosticada e tratada, mais rapidamente se cura o paciente. 

Os sintomas da hanseníase, que é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, tem evolução lenta, que se manifesta principalmente através de manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alteração de sensibilidade. Médicos recomendam que ao sentir formigamentos, choques e cãimbras que evoluem para dormência (pode se queimar ou machucar sem perceber), a pessoa deve procurar um médico.  

Fonte: Tribuna da Bahia

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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