Bahia é o estado com o 6º maior déficit no setor público em 2014

conta corrente

Os estados da federação também registraram déficit em suas contas – o primeiro da série histórica, que começa em 2001. Enquanto a União fechou o ano com um déficit de R$ 20,5 bilhões, os governos regionais com um rombo de R$ 7,8 bilhões. Na Bahia, o rombo é de R$ 696 milhões. A Secretaria da Fazenda (Sefaz/BA), por email, contestou os dados do Banco Central. “A Bahia não apresentou déficit primário em 2014. O estado encerrou o ano com superávit de R$ 1,128 bilhão, acima da meta estabelecida na LOA (Lei Orçamentária Anual) e também acima do exercício anterior, superavitário em R$ 300,87 milhões (2013)”.

Para a Sefaz, 2015 será “um ano em que será necessário manter a política de ‘apertar o cinto’, controlando o fluxo de caixa e buscando novas estratégias para manter o ritmo de crescimento da arrecadação”, mas nega que haja previsão de contingenciamento. Os municípios, por outro lado, tiveram resultado positivo de R$ 5,5 bilhões (0,11% do PIB).

Empresas estatais em todas as esferas tiveram déficit de R$ 4,3 bilhões (0,08% do PIB). Para 2015, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o governo se compromete com um superávit primário de 1,2% do PIB, ou de R$ 66,3 bilhões. Desde que assumiu a pasta, Levy anunciou uma série de medidas para ampliar a arrecadação de impostos e cortar gastos.

Já o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou que os resultados negativos das contas do setor público são um “veneno” oriundo da “irresponsabilidade” do governo Dilma.“O que estamos percebendo agora de forma clara é que o governo não priorizou o Brasil. Priorizou as eleições. Medidas que agora estão sendo tomadas, se tivessem sido tomadas de forma responsável ao longo do ano passado, certamente minimizariam os efeitos para a população brasileira”, afirmou Aécio.

Pela primeira vez, contas fecham com deficit no país: R$ 32,5 bilhões
As contas do setor público em 2014 fecharam em deficit primário pela primeira vez desde 2001, quando começou a atual série histórica do Banco Central. O valor acumulado foi de R$ 32,5 bilhões, divulgou ontem o Banco Central.

A União fechou o ano com um déficit de R$ 20,5 bilhões. Os governos regionais com um rombo de R$ 7,8 bilhões e as estatais de R$ 4,3 bilhões.

Isso quer dizer que o país gastou a mais do que o valor arrecadado em tributos pelo Estado. O valor representa 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos pelo país em um ano). Em 2013, houve superávit primário de R$ 91,3 bilhões, o que representou 1,90% do PIB.

O Brasil tinha uma conta de R$ 311,4 bilhões de encargos para arcar em 2014. Sem poupança nenhuma para diminuir essa dívida, a conta não fechou. Ao contrário, como os impostos não foram suficientes nem para as despesas do ano, os gastos a mais viraram dívida. Isso aumentou o chamado déficit nominal do país que chegou a R$ 343,9 bilhões, ou seja, 6,7% do PIB: o maior da história.

Dívidas
Sem conseguir poupar para pagar juros, a dívida aumentou, independentemente do tipo da contabilidade. No caso da dívida líquida, foi a primeira vez que ela aumentou – em termos anuais – desde 2009, de 36,2% do PIB, em 2013, para 36,7%. Já a dívida bruta passou de 63% para 63,4% do PIB no ano passado. Ao todo, o governo deve R$ 3,3 trilhões.

O resultado consolidado é divulgado um dia após o Tesouro Nacional informar que o governo central – Tesouro, Previdência e Banco Central – registrou déficit primário de R$ 17,2 bilhões, o primeiro saldo negativo de toda a série história, iniciada em 1997.

Fonte: Correio 24h

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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