Após queda forte em fevereiro, indústria cresce 0,7% em março, diz IBGE

Após apresentar a maior queda desde a crise de 2008, a produção da indústria reagiu e voltou a crescer em março, com leve alta de 0,7% na comparação, livre de influências sazonais (típicas de cada período), com fevereiro.

De janeiro para fevereiro, a produção recuou 2,4%. O dado foi revisado, anteriormente a queda era de queda de 2,5%, o maior tombo desde dezembro de 2008, auge da crise global. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Após apresentar a maior queda desde a crise de 2008, a produção da indústria reagiu e voltou a crescer em março, com leve alta de 0,7% na comparação, livre de influências sazonais (típicas de cada período), com fevereiro.

De janeiro para fevereiro, a produção recuou 2,4%. O dado foi revisado, anteriormente a queda era de queda de 2,5%, o maior tombo desde dezembro de 2008, auge da crise global. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação a março de 2012, houve recuo de 3,3%, depois de uma queda de 3,2% nessa mesma base de comparação em fevereiro.

O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado. Segundo pesquisa da agência de notícias Reuters com analistas, a expectativa era de que a produção industrial crescesse 1,3% em março sobre o mês anterior e caísse 2,1% sobre um ano antes.

O índice acumulado em 12 meses encerrados em março registrou queda de 2%. Já o acumulado de janeiro a março ficou negativo em 0,5%, segundo o IBGE.

Para o técnico do IBGE André Macedo, o resultado da indústria nos três primeiros meses do ano aponta uma recuperação do setor. A alta, no entanto, não é disseminada em todos os setores da indústria, sendo que há destaque para bens de capital.

O setor industrial, diz, vem apresentando maior crescimento, como resultado de medidas adotadas no final do ano passado.

“O saldo é positivo. Ao olhar os três resultados do ano, temos resultados combinado de uma alta de 1% por mês”, afirma Macedo.

O técnico destaca que o avanço de março foi precedido de duas taxas com oscilações fortes, sendo alta de 2,7% em janeiro e depois queda de 2,4%.

Ontem (2), ao divulgar o Indicador do Nível de Atividade (INA), a indústria paulista classificou o resultado do primeiro trimestre como razoável. Em relatório sobre o crescimento da indústria em 2013, o HSBC apontou que a recuperação ainda é modesta. O relatório do banco já considera os dados de abril.

SETORES

De fevereiro para março, os setores com melhores desempenhos, considerando o peso de cada um deles na indústria, foram os de veículos automotores, que cresceu 5,1%, eliminando parte da queda de 8,1% registrada em fevereiro, refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (11,9%), bebidas (4,6%), fumo (33,4%), mobiliário (11%) e borracha e plástico (2,7%).

A expansão do ritmo de atividade em março ocorreu em 13 dos 27 ramos pesquisados, de acordo com o IBGE.

Já os resultados mais fracos ficaram com o setor de alimentos (-2,7%), que teve o segundo recuo consecutivo, equipamentos de transporte (-5%), produtos de metal (-4,4%), diversos (-7,3%) e outros produtos químicos (-1%).

Entre as categorias de uso, a expansão mais elevada veio dos bens de consumo duráveis (4,7%), recuperando parte da queda de 7,3% registrada em fevereiro. A produção de bens intermediários (0,8%) e de bens de capital (0,7%) também mostrou crescimento em março.

O único resultado negativo no período foi de bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%), o segundo recuo onsecutivo nesse tipo de confronto, acumulando perda de 2,9% no período.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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