Apesar de avanço do IPCA, governo fecha 2014 com inflação abaixo do teto da meta

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, de 0,78%, veio acima dos 0,51% de novembro – informou nesta sexta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, em 12 meses encerrados em dezembro, o governo alcançou seu objetivo de entregar o que chama de “inflação oficial” abaixo do teto da meta de 6,5%. Em 2014, o ritmo médio de aumento acumulado dos preços foi de 6,41%. 

O resultado veio em linha com a expectativa do mercado. De acordo com o último documento Focus, em que o Banco Central questiona cerca de 100 bancos e consultorias, a aposta era de que a inflação em 12 meses do último ano ficaria em 6,39%. Para 2015, no entanto, há pessimismo hoje, com a projeção de alta média de preços na casa dos 6,56% em 12 meses – ou seja, acima do teto da meta. 

De acordo com o IBGE, os preços que mais influenciaram na alta da inflação em 2014 foram os dos alimentos. O segmento Alimentos e Bebidas sofreu elevação de 8,48% no ano passado, acima dos 8,03% de 2013. O impacto sobre o IPCA foi 2,03 pontos porcentuais, pouco abaixo dos 1,97 do ano anterior – quando também foi o setor de maior peso na medição.

Os gastos para comer e beber dominaram parcela de 24,86% do orçamento das famílias no ano que passou. Dentre os alimentos mais presentes à mesa dos brasileiros, a cebola lidera as altas, 23,61% mais cara, na média. 

A carne foi a badalada vilã da inflação em 2014, com a terceira posição entre as altas de preços, mas com maior impacto na formação do IPCA do último ano (0,55 ponto porcentual). O alimento teve aumento de 22,21% nos 12 meses de 2014 (atrás do líder açaí, com alta de 29,73%, e da cebola). 

Fonte: O Estado de São Paulo

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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