Agentes de epidemia mirins orientam estudantes no combate ao Aedes

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João Vítor Pereira, de 12 anos, é estudante do 7º ano do Colégio Ciman, escola particular de Brasília. Graças a um projeto promovido pela própria escola, o menino atua também como agente de epidemia mirim. As tarefas incluem a busca por criadouros do mosquito Aedes aegypti dentro da instituição de ensino, além de palestras para crianças menores sobre o combate ao vírus Zika.

“Pesquisei em casa que a gente não pode deixar água parada e precisa limpar os recipientes que continham esse tipo de água. É isso que estou ensinando para os colegas”, explicou. “Para casa, vou levar as formas de se prevenir e vou compartilhar com meus pais, vizinhos, colegas. Vou cobrar a faxina.”

A professora de Ciências Michele Morato é uma das coordenadoras no projeto. A proposta, segundo ela, transforma os alunos em multiplicadores de uma campanha de importância vital para o combate ao vírus Zika e às demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

“Esse trabalho não atende apenas à comunidade escolar. Atende também às redondezas do colégio. Isso significa que essas informações vão sendo propagadas a partir desses menino e eles levam muito a sério isso”, explicou. “Melhor do que nós, adultos, é um aluno da educação infantil saber e falar sobre a importância de tudo isso para os seus próprios familiares.”

Ações permanentes

Durante visita à escola, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, defendeu hoje (19) que as ações de combate ao Aedes aegypti em todo o país sejam permanentes. Ao participar do Dia Nacional de Mobilização contra o Zika nas escolas, ele explicou que a estratégia deve se repetir mensalmente em colégios de todas as capitais do país.

“Temos vários exemplos de cidades que conseguiram eliminar o mosquito. Todas contaram com a participação do Poder Público junto com a sociedade”, disse, ao lembrar que mais de dois terços dos criadouros do vetor estão dentro de residências. “Precisamos de uma ação permanente, sistemática e ininterrupta.”

Em meio à busca por focos de mosquito feita no colégio, Castro citou experiências como a do município de Água Branca, no Piauí, onde as casas passaram a receber selos nas cores verde, amarelo e vermelho para indicar a presença de criadouros e o risco de infecção. “Todos se esmeravam e faziam o máximo esforço. Ao final, todas as casas adquiriram o selo verde.”

Fonte: Agência Brasil

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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